Os meses de Maio e Junho marcam o calendário cultural leiriense. As comemorações do Dia da Cidade, o desfile etnográfico, a feira do livro, a gastronomia e o Festival Música em Leiria são disso expressão. Prestes a terminar a Feira de Maio, um dos mais populares desses eventos, fomos interrogar os que mais directamente estão envolvidos. E a conclusão parece ser a de que os visitantes vão mais para se divertirem do que para comprar. Também aqui, a crise faz sentir os seus efeitos. Percebe-se, ainda, o desejo de um espaço próprio e mais adequado para este certame.
[Edição Nº 4657, 24 de Maio de 2007]
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O MENSAGEIRO | 2007-05-25 | |
Decorreu no dia 18 de Maio, no Estabelecimento Prisional de Leiria (EPL), integrado no plano de acção para a vitivinicultura da Alta Estremadura, a acção de formação “Pragas e Doenças da Vinha – Intervenções em Verde”. A iniciativa foi promovida pela Direcção Regional da Agricultura e Pescas do Centro (DRAPC), com o objectivo de sensibilizar os agricultores para a selecção de meios apropriados de prevenção, observação e intervenção, de forma a efectuar apenas os tratamentos fitossanitários necessários, protegendo as suas vinhas das pragas das doenças e salvaguardando a manutenção dos recursos naturais. Foi também intenção desta acção de formação estimular a adopção das “intervenções em verde”, visto que, sendo feitas em momento oportuno, aumentam a qualidade do vinho e atenuam a incidência de pragas e doenças.
Do programa constaram palestras com especialistas do sector, como “Pragas e doenças da vinha”, por Marta Caetano, e as “Intervenções em Verde”, por César Almeida. Após a teoria, pasou-se às sessões práticas, nas vinhas do EPL, acompanhadas pelos formadores.
O jornal O Mensageiro falou com Estanislau Dias, engenheiro técnico agrário do EPL desde o ano de 2003, que nos revelou alguns dos objectivos desta acção consertada com a DRAPC.
[Texto integral na edição Nº 4657, 24 de Maio de 2007]
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O MENSAGEIRO | | |
O Festival Música em Leiria tem como objectivo conquistar hoje o público do futuro, defendeu Miguel Sobral Cid, director artístico do certame que este ano comemora as bodas de prata. A decorrer de 31 de Maio a 24 de Junho, o festival levará concertos a Leiria, no teatro José Lúcio da Silva, à Batalha, no Mosteiro de Santa Maria da Vitória, e a Porto de Mós, na igreja de S. Pedro.
Assim, o programa da 25.ª edição do festival, que é a maior e mais antiga realização cultural regular do País, contempla esta intenção claramente assumida, designadamente com o espectáculo de teatro musical “O Piano e os seus amigos”, uma produção do projecto educativo “Descobrir a Música na Gulbenkian”, que é dedicada aos mais novos. O director do Festival Música em Leiria admite que “se queremos ter um novo público, é preciso começar a formá-lo”, justificando a importância da conquista das escolas e dos seus alunos, designadamente através das diversas parcerias que o Orfeão de Leiria / Conservatório de Artes promove. Também Henrique Pinto, presidente da direcção do Orfeão, acredita que “vamos ter 700 crianças a assistir ao concerto” do dia 15 de Junho, no renovado teatro José Lúcio da Silva.
[Texto integral na edição Nº 4657, 24 de Maio de 2007]
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“Este será o grande evento informático do ano, com a mais potente rede local alguma vez implementada no nosso país”. Foi assim que Eduardo Beira, coordenador do “Campus Party Portugal 2007”, resumiu esta realização, a ocorrer de 25 a 29 de Julho, na Exposalão, na Batalha. Mais de dois mil participantes são esperados nesta “festa”, promovida pela IMPRESA Digital, que pretende “contribuir para o desenvolvimento da sociedade da informação, especialmente entre os jovens, favorecendo a integração de um número cada vez maior de cidadãos na sociedade do conhecimento”.
Durante cinco dias, 24 horas por dia, sem interrupções, os “entusiastas dos computadores” poderão viver uma cultura e ambiente virtuais, ligados entre si por uma rede de elevada performance e conectividade web na ordem dos 2,5Gbps, cuja montagem usa cerca de 100 quilómetros de cabos e mais de dois de fibra óptica. Será como que “um regresso ao futuro, uma experiência limite, uma visão daquilo que só será realidade comum daqui por 5 ou 10 anos”, garantiu Eduardo Beira, que manifestou grande optimismo quanto à adesão do público, “dadas as boas infra-estruturas que oferece a Exposalão e a centralidade da Batalha” em relação ao País. “No fim das aulas e antes das férias, será uma boa oportunidade para descontrair, brincar e partilhar conhecimentos, como que num festival de Verão, onde a música é substituída pela tecnologia”, concluiu.
[Texto integral na edição Nº 4657, 24 de Maio de 2007]
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A adrenalina vivida nos desportos radicais, nomeadamente no BTT, vai invadir o distrito de Leiria, com a segunda etapa da Taça de Portugal de Down Hill Urbano, dia 26 de Maio, em Ourém, e a etapa inaugural do Campeonato Nacional de Dirt Jumping, dia 27 de Maio, na Marinha Grande. Entretanto, a jovem Áurea Agostinho continua a surpreender aquém e além fronteiras.
O castelo de Ourém é o cenário escolhido para o tiro de partida do primeiro dia de BTT no Distrito, numa prova onde são esperados cerca de 300 participantes. O início está marcado para as 9h00, com os treinos livres, e prossegue às 14h00, com a partida. A segunda etapa da Taça de Portugal de Down Hill Urbano vai merecer ainda a cobertura das principais televisões desportivas a nível mundial.
Inserido no Cristal Bike, no dia seguinte, a cidade vidreira acolhe a etapa de estreia do Campeonato Nacional de Dirt Jumping. Velocidade e saltos acrobáticos são o mote para a prova que vai decorrer numa pista a ser construída junto ao Parque Municipal de Exposições, Marinha Grande.
Áurea domina
A “BTTista” Áurea Agostinho continua a destacar-se na modalidade, tanto em provas nacionais como internacionais. Depois de ter vencido a primeira etapa da Taça de Portugal de Down Hill Urbano, dia 6 de Maio, em Portalegre, a jovem pombalense foi a melhor atleta portuguesa na Taça do Mundo de Down Hill, que decorreu na cidade espanhola de Vigo, de 8 a 11 de Maio.
A época começa, assim, de feição, para uma atleta que no ano de estreia – 2006 – arrecadou o título nacional de Down Hill Urbano, o primeiro lugar no campeonato nacional de Down Hill e o segundo lugar na Taça de Portugal.
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Estamos habituados... todos os anos é assim. Com a chegada dos meses do tempo quente, as nossas freguesias e aldeias pululam de vida, festas e arraiais, que são pólos de reencontro de amigos e movimentam pessoas e bens. Uma realidade muito tipicamente portuguesa, que nada tem a ver com os tipos de divertimento mais selectivos que se fazem noutros países. Entre nós, reina a espontaneidade, a euforia, a irreverência e o exagero. E tudo num ‘cocktail‘ final que resulta, muitas vezes, na desordem, na confusão e mesmo na ilegalidade.
A grande maioria destas festividades nasceu e cresceu à sombra da Igreja. Normalmente associadas à homenagem e à devoção de um Santo padroeiro, estas festas foram pensadas e estruturadas por comissões que, inicialmente, pretendiam fazer uma celebração ou actividade de cariz religioso. Depois, vieram os grupos profissionais e os muitos técnicos diferenciados – por vezes, técnicos de nada – que, pouco a pouco, foram transformando estas festas numa espécie de “mini-indústria”. Desapareceram a espontaneidade, as equipas de festeiros voluntários, o tom verdadeiramente religioso e, nalguns casos, desapareceu até o nome do Santo que deu origem aos festejos.
Hoje, tudo é mais formal, mais profissionalizado, desde o serviço de bar, ao serviço do electricista, passando pelo serviço de animação…
Recentemente, até o Governo, com a lei das finanças locais, “meteu o nariz” e veio formalizar ainda mais estes eventos. Formalizar e burocratizar, numa época em que está em execução o chamado “simplex”, cuja missão era, precisamente, a de desburocratizar.
Como em tantos outros sectores da nossa vida, também neste campo, a marcha da história se fez num ciclo que está agora a voltar ao ponto de partida. Inicialmente, muitas das festas celebradas eram de origem pagã; com o cristianismo, foram transformadas e cristianizadas; hoje, porém, voltam a ser paganizadas. Mas, apesar desta onda de laicidade que se introduz na programação dos festejos, a verdade é que eles continuam a fazer-se à sombra de uma instituição que é sempre garantia de sucesso: a Igreja. E à sombra da Igreja, se fazem autênticas aberrações contra ela própria. Se há ou não intuito de prejudicar e estragar, não sabemos, nem nos compete a nós julgar; mas que assistimos a um desmoronar de cultura e de fé, isso todos o podemos constatar. Há neste campo um terreno fértil para reflexão, para a qual os responsáveis eclesiais devem convocar toda a sociedade, em nome do bem-comum e em nome da fé.
Durante o mês de Maio, Leiria esteve em festa e assim vai continuar nos próximos meses. Festas pouco cristãs, estas, e de condão assumidamente pagão. Mas mesmo aqui, o peso da tradição parece não ser esquecido por aqueles que, afinal, são o suporte das festividades: a gente anónima, a gente simples, o povo. Às vezes, parece que os organizadores vão esquecendo esta parte tão importante das festas; às vezes, parece que as organizam para si mesmos e em função dos seus gostos e desejos, esquecendo o mais importante: a dimensão lúdica do ser humano.
Façamos festa; sim, a vida é uma festa. Mas tenhamos juízo nas festas que fazemos.
[Edição Nº 4657, 24 de Maio de 2007]
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O MENSAGEIRO | | |
Está aí mais um Dia das Comunicações Sociais, que a Igreja celebra há 41 anos, definido pelo Concílio Vaticano II com o objectivo de “doutrinar os fiéis a respeito das suas obrigações nesta matéria, convidá-los a orar por esta causa e a dar uma esmola para este fim”. Continuamos a dar pouca (nenhuma) importância a este sector da vida e da Igreja. Vamos fazendo umas coisas, para não estarmos parados, mas ainda não apostámos seriamente nos meios de comunicação social. Para este ano, a mensagem do Papa tem como tema “As crianças e os meios de comunicação social: um desafio para a educação”. Juntando tudo, podemos afirmar que, actualmente, se coloca diante da Igreja um desafio a uma verdadeira pastoral das comunicações, se quer estar viva e activa nesta “aldeia global” em que os media transformaram o nosso mundo.
[Edição Nº 4656, 17 de Maio de 2007]
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O MENSAGEIRO | 2007-05-18 | |
As comemorações oficiais do Dia da Cidade, 22 de Maio, serão dedicadas ao “Ano Europeu da Igualdade de Oportunidades para Todos”, e o programa contempla, pelas 9h30, uma Missa Solene, na Sé de Leiria, celebrada pelo Bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto.
Pelas 11h00 decorrerá no Teatro Miguel Franco, uma sessão solene em que será oradora convidada Leonor Beleza. Nesta cerimónia será entregue o Galardão Municipal e a medalha comemorativa aos funcionários que completaram 25 anos ao serviço do município.
Leonor Beleza desempenhou vários cargos em governos da República Portuguesa (entre os quais o de Ministra da Saúde), foi deputada na Assembleia da República e preside à Fundação Champalimaud.
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O Orfeão de Leiria/Conservatório de Artes está a comemorar o seu 60º aniversário. Por feliz coincidência outra efeméride se lhe sobrepõe neste ano, a 25ªedição do Festival Música em Leiria. O espectro de intervenções do Orfeão de Leiria/Conservatório de Artes é hoje muito amplo. São trinta frentes que abarcam desde o ensino básico e vocacional da música, dança e outras artes – é a Escola com Curricula oficiais com mais alunos no país – à produção artística, da animação cultural à edição multimédia.
Vários períodos de particular evidência, o relacionamento singular com um «cluster» de instituições de eleição, entre muitas outras, bem como um escol de personalidades, deixaram marcas no historial da casa. Toda a família da Instituição (sócios, alunos, artistas, funcionários e amigos) estará reunida num jantar evocativo do aniversário, no dia 24 de Maio, às 20h00, no restaurante do Estádio Municipal Magalhães Pessoa, com entrada pela Porta 7, junto ao parque de estacionamento daquela instituição leiriense.
[Edição Nº 4656, 17 de Maio de 2007]
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O MENSAGEIRO | | |
Organizado pela Câmara Municipal de Alcobaça e a Academia de Música de Alcobaça, o Festival de Música de Alcobaça apresenta a sua programação mais vasta e ambiciosa de sempre, nesta que é a sua 15ª edição. O fio condutor, no ano em que se comemora o cinquentenário da assinatura do Tratado de Roma, é uma “Viagem ao Velho Continente”. Por isso, a programação reune música e músicos dos mais diversos países. Quatro orquestras marcam presença: Em matéria de efemérides, o destaque desta edição vai para o centenário da morte de Alfredo Keil, inesquecível autor da ópera Serrana, através da 1.ª reaudição, desde 1883, da ópera cómica Susana, numa co-produção com a Orquestra do Algarve. Também os 150 anos do nascimento do inglês Edward Elgar e o centenário da morte do norueguês Edvard Grieg não ficaram esquecidos.
Esta edição do Cistermúsica dá também destaque a três instrumentistas alcobacenses cuja qualidade se impôs a nível nacional e até internacional Manuel Campos, Sérgio Carolino e António Rosa. O público infantil volta a ter um espectáculo que lhe é especialmente dedicado: os “Pequenos Violinos da Metropolitana” se encarregarão de encantar pais e filhos ou despertar possíveis vocações.
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Mais de meio milhão de pessoas deslocaram-se a Fátima, no passado fim-de-semana, para as celebrações da Peregrinação Internacional de Maio, que marcaram o 90º aniversário da primeira aparição de Nossa Senhora na Cova da Iria. Uma enchente apenas comparável às que este Santuário registou aquando das visitas papais. Grande parte dos peregrinos veio a pé, das várias zonas do País, e muitos em veículos automóveis, sendo de registar, igualmente, os milhares de estrangeiros, de 33 países de todo o mundo, que quiseram marcar presença nesta peregrinação tão significativa. E foram tantos que não conseguiram entrar todos no recinto, espalhando-se nas alamedas e ruas das proximidades.
Para presidir a estas celebrações, o Santo Padre enviou como Legado Pontifício o Cardeal Ângelo Sodano, ex-secretário de Estado do Vaticano. Na conferência de imprensa do dia 12 de Maio, este Cardeal revelou que o Papa Bento XVI “tem o desejo de visitar Fátima”, mas não adiantou mais sobre a possível data ou realização de tal visita, afirmando que “não há ainda um programa concreto”.
[Edição Nº 4656, 17 de Maio de 2007]
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Jubilo para uns, mágoa para outros. Vai ser assim na próxima jornada, dia 20, marcada pelo final de praticamente todos os campeonatos nacionais. Existem ainda muitas indefinições e, por isso, a contabilidade final está a noventa minutos de distância.
Leiria na rota europeia
O principal escalão do futebol português parte para a derradeira jornada com poucas certezas. É no último jogo que se vai decidir quem será o campeão nacional 2006/07. Se o Porto parte em vantagem, convém não esquecer que o D. Aves precisa urgentemente de pontuar para não descer. O Sporting também não tem a tarefa facilitada, já que recebe, no derby de Lisboa, o Belenenses, interessado em segurar o quarto lugar. O Benfica, aparentemente tem um adversário mais acessível, já que a Académica garantiu, na última jornada, a permanência. No último lugar de acesso à Taça UEFA, está o Paços de Ferreira, no entanto, U. Leiria e Nacional, estão imediatamente a seguir. Um final de época que promete, até ao 90º minuto…
Fátima divinal
Em dia de peregrinação ao santuário – 13 de Maio – o Fátima foi a Massamá conseguir um excelente resultado, frente ao Real. Na primeira-mão do play-off da II divisão, e de subida à Liga Vitalis (Liga de Honra), a equipa fez jus ao nome do seu treinador, Rui Vitória, e derrotou a equipa da casa por 2-3. Segue-se a segunda-mão, no próximo dia 20, pelas 17h00, no Estádio Municipal de Fátima, onde se prevê mais uma tarde de festa.
Caldas é rainha
Na III divisão, a equipa das Caldas da Rainha comanda e parte para a 30ª jornada já como campeã de série (D) e com a subida garantida. Quanto às restantes equipas do distrito de Leiria, vai ser uma luta de aflitos, para saber quem acompanha o Bidoeirense rumo aos distritais. Alcobaça. Bombarralense e Caranguejeira, são candidatos à descida de divisão.
União na Serra
No âmbito distrital, o principal campeonato já terminou, com a equipa de Santa Catarina da Serra a ser coroada campeã. A luta pela subida ainda meteu o Beneditense e o Leiria e Marrazes, no entanto, a U. Serra foi mais forte.
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Habituados a celebrar tantos dias especiais, chegamos ao ponto de brincar com a questão, o que só abona em prejuízo das mesmas celebrações. A nossa televisão transmite diariamente um programa em que os apresentadores se deliciam a definir de forma irónica a dedicatória de cada dia. Há o dia do beijo, o dia do corte, o dia disto e o dia daquilo… há para todos os gostos. A brincar, a brincar, vamos desacreditando o valor de tais dias, que deveriam ser sérios momentos de reflexão e de compromisso.
Nessa perspectiva, a Igreja celebra, há 41 anos, o Dia das Comunicações Sociais. Há 41 anos, estávamos em 1966, em pleno Concílio Vaticano II. No dia 4 de Dezembro de 1963, tinha sido aprovado o decreto sobre as comunicações sociais (Inter Mirifica), cujo nº 18 consagra a instituição desta celebração anual: “Para que se revigore o apostolado da Igreja em relação com os meios de comunicação social, deve celebrar-se em cada ano e em todas as dioceses do mundo, a juízo do Bispo, um dia em que os fiéis sejam doutrinados a respeito das suas obrigações nesta matéria, convidados a orar por esta causa e a dar uma esmola para este fim, a qual será destinada a sustentar e a fomentar, segundo as necessidades do orbe católico, as instituições e as iniciativas promovidas pela Igreja nesta matéria”.
Pese embora a arrogância de alguns indivíduos e instituições e a sua revolta interior, mais ou menos silenciada, neste sector, como em muitos outros que compõem o tecido social, a Igreja deu os primeiros passos… e “deu cartas”. A ela se devem os primeiros projectos e as primeiras iniciativas no mundo da informação; a ela se devem os momentos de reflexão e formação de muitos profissionais que, pouco a pouco, foram esquecendo a sua origem e se entregaram ao serviço da contra-informação. Mas o decreto que o Concílio publicou é claro: o dia que agora se celebra tem como fim “doutrinar os fiéis a respeito das suas obrigações nesta matéria, convidá-los a orar por esta causa e a dar uma esmola para este fim”. Apesar das recomendações do Concílio, apesar dos esforços feitos e das reflexões elaboradas ao longo dos anos, apesar da celebração anual, parece-nos que continuamos a dar pouca (nenhuma) importância a este sector da vida e da Igreja. Vamos fazendo umas coisas, para não estarmos parados, mas ainda não apostámos seriamente nos meios de comunicação social. E a Igreja continua a ser o maior “lobby” da comunicação no nosso país. São mais de seis centenas as publicações que lhe estão anexas.
Está aí mais um Dia das Comunicações Sociais. Acreditemos que, desta vez, as coisas vão melhorar. Assim o desejamos e assim achamos ser necessário, já que o nosso Governo parece decidido a acabar com o que ainda há.
[Edição Nº 4656, 17 de Maio de 2007]
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O MENSAGEIRO | | |
Fátima é o local que, situado no centro de Portugal, faz confluir gentes e culturas muito díspares, mas que sabe também fundi-las num consenso tão original quanto harmónico. A experiência do divino que ali se faz sentir está fortemente relacionada com esta capacidade de orquestrar variedades de sentimentos e expressões.
Já no próximo domingo, a Peregrinação Internacional de Maio vai dar o pontapé de saída para as comemorações dos 90 anos das aparições, cujo objectivo é ajudar a experimentar a misericórdia de Deus. Mais uma vez, a perspectiva relacional é salientada e posta em relevo. O Papa quis estar presente de forma legada, através do Cardeal Sodano, e com este gesto volta a evidenciar-se a relação do crente com a Igreja de Jesus Cristo.
No destaque desta edição, quisemos abordar a questão, conhecer melhor os protagonistas e despertar as consciências adormecidas pela proximidade e pela sonolência do fastio.
[Texto integral na edição Nº 4655, 10 de Maio de 2007]
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O MENSAGEIRO | 2007-05-11 | |
Antecipando o enorme sucesso que foram os 6 Concertos para Bebés realizados na Galiza nos passados dias 27, 28 e 29 de Abril, o principal diário espanhol El País concedeu ao projecto leiriense um destaque invulgar para um programa cultural português. Cada vez mais interessados nos projectos de Música para a primeira infância promovidos pela Escola De Artes SAMP, que irá alargar em 2007-2008 a sua actividade no âmbito da investigação e produção de música para bebés, os espanhóis firmaram novos contratos para mais Concertos para Bebés ainda este ano. Assim, algumas das principais cidades do país vizinho irão receber nos meses de Julho e Novembro mais duas digressões com duas dezenas de concertos.
O enorme sucesso dos concertos realizados também contribuiu para que uma importante entidade bancária espanhola tenha assumido o mecenato exclusivo dos próximos concertos fora de Portugal.
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O MENSAGEIRO | | |
Às terças-feiras e sábados de manhã, o típico mercado de Leiria traz, das muitas aldeias do Distrito, algumas centenas de pessoas à cidade. Ou em família, ou de forma individual, os leirienses deslocam-se a este mercado porque encontram variedade/qualidade de artigos a preços competitivos. Para além dessas características, os pregões dos feirantes e a tipicidade dos produtos ali comercializados tornaram tradicional um mercado que está instituído para muitos frequentadores como uma espécie de ritual.
[Texto integral na edição Nº 4655, 10 de Maio de 2007]
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Fixar em definitivo a Região Oeste no mapa de Portugal do futuro foi o que pretenderam os organizadores do III Congresso que decorreu nos dias 4 e 5 de Maio, no Mosteiro de Alcobaça.
“Desafios do Futuro” foi o mote deste encontro que pretendeu dar relevo ao potencial da região, sobretudo nos planos económico, turístico, desportivo e cultural. A região do Oeste é, em Portugal, uma das áreas com maior potencial económico sofrendo, no entanto, segundo os responsáveis e líderes da região, de um estigmatizante défice de peso político.
A organização viu neste evento, uma oportunidade soberana para posicionar o Oeste na agenda política e dar ênfase a todo o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido na sua dinamização, analisando ainda o impacto que a construção do futuro aeroporto da Ota terá na concretização do potencial da Região.
[Texto integral na edição Nº 4655, 10 de Maio de 2007]
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A Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais da Universidade Católica, FCEECatólica, coloca-se na vanguarda do ensino em Portugal com o lançamento de programas de Mestrado inovadores. Estes Mestrados completam o processo de restruturação das antigas licenciaturas imposto por Bolonha, processo esse iniciado com a entrada em funcionamento das novas licenciaturas de 3 anos
[Texto integral na edição Nº 4655, 10 de Maio de 2007]
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O MENSAGEIRO | | |
A equipa feminina do Clube de Orientação do Centro (COC) sagrou-se campeã nacional nos campeonatos nacionais absolutos de orientação pedestre, enquanto que equipa masculina foi vice-campeã. Com o mesmo resultado, mas na classificação individual, destacou-se a júnior Patrícia Casalinho.
Foi com 43 atletas, de um total de 500, que o clube leiriense se fez à prova, que decorreu nos dias 5 e 6 de Maio, em Canha, Montijo. Patrícia Casalinho, que se sagrou vice-campeã nacional absoluta, e Joaquim Sousa, terceiro classificado, foram os atletas com melhor desempenho. Os mesmos atletas, aos quais se juntaram Catarina Ruivo e Anabela Vieito, e Tiago Romão e André Ramos, contribuíram ainda para os títulos de campeão e vice-campeão nacional, respectivamente.
Com estes resultados, o COC afirmou-se ainda como o segundo melhor colectivo do Ranking Nacional de Clubes, repetindo, assim, a mesma classificação do ano passado.
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São três os atletas de Leiria que integram a pré-convocatória da Selecção Nacional, para o Festival Olímpico da Juventude Europeia (FOJE), que se realiza em Belgrado, de 22 a 27 de Julho. Mara Silva e Sara Cruz, do Académico, e Ivan Simões, do Bairro dos Anjos, são os eleitos.
A lista definitiva dos atletas será divulgada consoante o desempenho dos pré-seleccionados no Torneio Internacional “Queima das Fitas” (19 e 20 de Maio), no Meeting Internacional do Porto (2 e 3 de Junho) e no Meeting Internacional de Loulé (8 a 10 de Junho).
Entretanto, o complexo de Piscinas Municipais de Leiria acolheu o campeonato distrital de clubes, nos dias 4 e 5 de Maio, em que o Académico foi o grande vencedor. O primeiro lugar das duas equipas, feminina e masculina, valeram ainda o lugar mais alto do pódio em absolutos. Os Pimpões (Caldas da Rainha), e o Desportivo Náutico da Marinha Grande, seguiram-se no segundo e terceiro lugares, respectivamente.
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Maio significa para nós, Maria, Fátima, Peregrinação. Há muito que é assim, mesmo que para a grande maioria, as aparições sejam um acontecimento cada vez mais discutível. Mas, pese embora as apetências ou ideias pessoais, é inegável que a nossa cultura e o nosso país estão marcados pelos acontecimentos ocorridos em 1917. Cada dia que passa nos confrontamos mais e mais com os nossos limites e incapacidades. Quanto mais parece evoluir a história humana, maior é também o confronto com as situações fronteira que nos fazem dar de caras com a nossa pequenez. E é aí, nesses momentos de escuridão, incerteza e até medo, que o divino, o sobrenatural, adquirem um sentido novo e mais preocupante.
Fátima foi e continua a ser uma referência como ponto de encontro com Deus; mas é também um local de esbarramento com os nossos limites. Entrecruzam-se ali a nossa pequenez e a grandeza de Deus; dão-se as mãos os nossos medos e as seguranças de Deus. É por isso que muitos de nós em dias de invernia e em noites de escuridão para lá nos encaminhamos e lá encontramos a paz e o sossego que não encontramos em parte alguma. Fátima marca a nossa cultura como ponto de viragem, de esperança e de olhar mais aberto para o dia de amanhã.
Este encontro adquire um significando ainda mais forte quando afinal a relação que ali temos com o divino não é uma relação de submissão ou de conformismo. Mas uma relação de amor, que só uma mãe e um filho conseguem vivenciar. Afinal de contas em Fátima não é apenas o sentimento religioso que aflora à flor da pele; é o que de mais natural há em nós e nos faz ser mais humanos: a força de uma relação, que ali é experimentada como relação materno-filial. E a cultura portuguesa sempre deu grande importância à capacidade de relacionamento. País de emigrantes, tornamo-nos também um país de imigrantes mostrando ao mundo inteiro a nossa forte capacidade de adaptação, inculturação e relacionamento com outras gentes e culturas. Os sociólogos valorizam muito esta capacidade, apresentando-a como característica da nossa cultura, ou seja, está-nos no sangue. Ora, Fátima é o local que situado no centro de Portugal faz confluir gentes e culturas muito díspares, mas que sabe também fundi-las num consenso tão original quanto harmónico. A experiência do divino que ali se faz sentir está fortemente relacionada com esta capacidade de orquestrar variedades de sentimentos e expressões.
Este ano, já no próximo domingo, as celebrações de Fátima vão dar o pontapé de saída para as comemorações dos 90 anos das aparições, um ano que, por sua vez, será pautado por muitas realizações cujo objectivo é ajudar a experimentar a misericórdia de Deus. Mais uma vez, a perspectiva relacional é salientada e posta em relevo. O papa, por sua vez, quis estar presente de forma legada através do cardeal Sodano, e com este gesto volta-se a evidenciar a relação do crente com a Igreja de Jesus Cristo.
Por todas essas razões e sobretudo pela grande importância que o fenómeno de Fátima representa para os cristãos, quisemos abordar a questão, conhecendo melhor os protagonistas e para despertar consciências adormecidas pela proximidade e pela sonolência do fastio.
[Edição Nº 4655, 10 de Maio de 2007]
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O MENSAGEIRO | | |
A mãe é a origem e porventura será mesmo o fim da nossa condição peregrina na terra. Por isso o poeta exclama com verdade que “com três palavras apenas se escreve a palavra Mãe, sendo a mais pequena é a maior que o mundo tem”. E por essa razão, também, os teólogos vão desenvolvendo cada vez mais a teologia do que chamam “ o rosto materno de Deus”. A este propósito, nesta edição, quisemos abordar de forma crítica e sucinta o problema da baixa natalidade no nosso País, porque celebrar o dia da mãe também é protestar contra as leis que não ajudam as mães.
[Texto integral na edição Nº 4654, 3 de Maio de 2007]
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O MENSAGEIRO | 2007-05-04 | |
O 4º Congresso da ADLEI foi um decisivo contributo para um melhor entendimento de Leiria e Alta Estremadura no passado, presente e futuro. De entre os muitos assuntos esplanados, apresentamos algumas temáticas que maior atenção despertaram aos participantes.
[Texto integral na edição Nº 4654, 3 de Maio de 2007]
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O MENSAGEIRO | | |
No dia 1 de Maio, no Parque de Estacionamento do Estádio Municipal, desenrolou-se uma sessão de apresentação do dispositivo operacional do Distrito de Leiria. Com uma temática que aborda a defesa da floresta portuguesa, esta é uma causa nacional que deverá unir todos os portugueses.
Aproxima-se a épocas de maior risco de incêndio e aquelas que exigem um maior empenhamento de meios. A fase Bravo do dispositivo nacional de combate estende-se de 15 de Maio a 30 de Junho e a fase Charlie inicia-se a 1 de Julho e prolonga-se até 30 de Setembro. Na Fase Charlie, entre todos os agentes envolvidos no dispositivo operacional nacional, vamos ter perto de 9 mil homens e mulheres no terreno. Desde muitos milhares de bombeiros, que constituem a coluna vertebral do nosso dispositivo de combate, até militares da GNR, sapadores das mais variadas origens, equipas profissionais de canarinhos helitransportadas, equipas do INEM, etc.
[Texto integral na edição Nº 4654, 3 de Maio de 2007]
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No dia 29 de Abril, o Santuário de Fátima acolheu em peregrinação 119 ranchos e grupos de folclore de Portugal e representações e dirigentes de outros grupos de folclore de 35 países, os quais tinham estado reunidos durante a semana, em Espinho, no Congresso Mundial de Folclore 2007, com o tema “Homens e Mulheres dos Grupos de Folclore unem esforços, cruzam olhares de entendimento, na defesa e na preservação da identidade dos Povos do Mundo”.
[Texto integral na edição Nº 4654, 3 de Maio de 2007]
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Como anunciamos na passada semana, no dia 29 de Abril a Sé de Leiria revelou-se pequena para albergar os muitos fiéis que quiseram participar na celebração eucarística durante a qual foi ordenado o Marcelo Cavalcante Moraes como diácono e o jovem Marco Paulo da Silva Brites, como presbítero.
“Os padres são homens felizes”, exclamou o bispo D. António Marto, valendo-se de uma recente estatística feita nos EUA, onde o sacerdócio aparece como a profissão na qual se regista maior índice de felicidade (85%). Durante a homilia o prelado falou com entusiasmo do sacerdócio e incentivou os novos ordinandos a “viverem o sacerdócio segundo o amor e o plano de Jesus Cristo”. Consciente de que o sacerdócio é um dom de Deus, toda a diocese, pelas palavras do bispo, agradeceu a Deus este dom dado à Igreja, à diocese e “a mim próprio como bispo desta diocese”, referiu.
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São cerca de 140 quilómetros aqueles que o jovem João Silva vai percorrer de Alcobaça a Lisboa. O destino é a Taça do Mundo de Triatlo – Lisboa 2007, no dia 6 de Maio. Um conjunto de provas – natação, ciclismo e corrida – para testar a resistência dos melhores atletas do planeta.
Com apenas 17 anos, o jovem alcobacense promete, à semelhança de Vanessa Fernandes, dar que falar no panorama mundial. Praticante há apenas dois anos, foi em 2006 que se notabilizou. Conquistou a medalha de bronze no Campeonato do Mundo de Triatlo (foto), a “prata” nas estafetas dos europeus de juvenis de triatlo e nos europeus de duatlo e sagrou-se ainda campeão nacional de triatlo, no escalão júnior. Uma série de registos que deixam antever mais uma boa participação na Taça do Mundo de Triatlo – Lisboa 2007, que terá o Parque das Nações como cenário. A competição tem início às 10h00 (feminina) e prossegue às 14h00 (masculina).
Actualmente, João Silva representa o Olímpico de Oeiras e vive no Centro de Alto Rendimento do Jamor
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Se há alguma personalidade que merece um dia de destaque e de especial celebração é sem dúvida a mãe. Antes de mais a mãe de cada um de nós. A ela devemos o que somos e o que projectamos ser. Ninguém como a mãe marca tanto o desenvolvimento da personalidade de cada um. Não nos damos conta disso, mas a verdade é que a mãe que todos tivemos deixou em nós sementes de educação e desenvolvimento que marcam definitivamente a nossa personalidade. Depois, e por isso mesmo, a mãe é também o símbolo de tudo o que há de fundamental em nós, como pessoas e como povo. A mãe é a origem e porventura será mesmo o fim da nossa condição peregrina na terra. Por isso o poeta exclama com verdade que “com três palavras apenas se escreve a palavra Mãe, sendo a mais pequeno é a maior que o mundo tem”. E por essa razão, também, os teólogos vão desenvolvendo cada vez mais a teologia do que chamam “o rosto materno de Deus”.
No próximo domingo celebramos com verdade o dia da mãe. Uma ocasião para termos um gesto original para com aquela que um dia aceitou o desafio da maternidade. Talvez mais que os habituais convites ao gesto de lhe entregar uma prenda, entretanto já idealizada e comercializada pelos interessados no negócio, será importante que este dia seja marcado por gestos mais simples e mais expressivos. Sim, porque a mãe quererá certamente mais que um perfume, ou até uma flor. Porque não desta fez um gesto menos formal e mais original, como, por exemplo, a dádiva de 30 minutos da nossa atenção e da nossa presença, como filhos?! A cada um caberá decidir o gesto que melhor possa corresponder ao que efectivamente quer exprimir para com a mãe.
Esta ocasião é também propícia para nos embrenharmos no complicado, mas interessante, mundo dos números e das estatísticas demográficas. Elas revelam uma crescente queda nos índices de natalidade, no país e no mundo. É uma realidade que os números demonstram e que tem uma origem bem clara. Em nosso entender, e no dos que estudam estas questões, um dos factores que está na origem desta queda prende-se com as politicas de incentivo à mesma. Quando se fecham maternidades, quando se discriminam as mulheres por causa da sua gravidez, quando se permite o aborto sem mais nem menos, quando, enfim, não há apoios reais e efectivos relacionados com o número de filhos, quando assim acontece está-se de alguma forma a fomentar a queda da natalidade, logo, da maternidade.
Muitos são os factores sociais que intervêm nesta redução da maternidade, não os ignoramos, mas estamos em crer que tudo acaba por se reduzir a um problema que as políticas poderiam muito bem solucionar. Portugal vai à frente na elaboração de leis iníquas, quando outros países já encetaram o caminho contrário. Enquanto à nossa volta se vêm formulações positivas de incentivo à natalidade, nós continuamos orgulhosamente sós na senda da auto-destruição. Sim porque um país sem jovens, sem gente capaz de trabalhar e capaz de sonhar, é um país morto. E este é o cenário para o qual já se chamou a atenção. Mas parece que ninguém quer fazer nada. Orgulhosamente sós vamos continuando a falar de coisas sem importância, vamos lamentando os resultados do futebol, e vamos andando, até que a coisa rebente e se torne efectivamente um problema. Por enquanto vamos andando. Mas os dias que se avizinham não são para sorrisos.
Neste número quisemos abordar de forma critica e sucinta, este problema, porque celebrar o dia da mãe também é protestar contra as leis que não ajudam as mães.
Para todas as que aceitaram o desfio da maternidade vai o nosso reconhecimento e a nossa estima.
[Edição Nº 4654, 3 de Maio de 2007]
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