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“Natal cristão...

...é sobretudo a celebração dum profundo mistério que constitui a novidade e o coração da fé cristã”

[Edição de 18 de Dezembro]

Edição 4737 – 18 de Dezembro

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O MENSAGEIRO | 2008-12-19 | |

Música lírica natalícia

O auditório municipal da Batalha acolhe, no dia 20 de Dezembro, pelas 21h30, um concerto natalício de música lírica, pela cantora Maria João Matos e a pianista Marlene Fernandes.

A cantora é licenciada em canto, com a máxima classificação, na classe do professor José Oliveira Lopes da Escola Superior de Música Artes do Espectáculo, tendo-lhe sido atribuído o “Prémio Eng. António de Almeida” pela conclusão da licenciatura com a classificação mais elevada. Trabalhou em master-classes com José Oliveira Lopes, Claire Evangelist, João Lourenço, Galina Pisarenko, Mara Zampieri, Enza Ferrari entre outros. Já no presente ano, obteve o “Prémio Lied” no II Concurso Internacional de Canto “Ciudad de Zamora”, em Espanha.

O concerto, de entrada gratuita, incluirá a interpretação de obras de Luís Freitas Branco, Croner Vasconcelos, Lopes Graça, Joaquim Rodrigo, entre outros.

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O MENSAGEIRO | | |

Acenda uma vela, pela solidariedade e pela paz

Indiferentes ao frio e à chuva copiosa no último sábado à tarde, centenas de pessoas acorreram à tenda da Aldeia de Natal em Leiria, instalada no centro da cidade, para participar na Festa pela Paz, integrada na iniciativa da Caritas “10 Milhões de Estrelas – um gesto pela Paz”.

E não foram iludidas as expectativas dos participantes. Cerca de duzentas crianças e jovens de escolas e colectividades do concelho encherem de cor e de ritmo uma tarde que se prefigurava cinzenta, mas que acabou por constituir um tempo bem agradável, marcado pela alternância das danças ao som de ritmos trepidantes, das canções de mensagem, de interpretações de música instrumental e tradicional portuguesa, do coro das crianças e das coreografias de belo efeito cénico.

Diferentes, mas igualmente belas, foram as formas por que se exprimiram o talento, a criatividade, o bom gosto e a alegria das gerações mais novas. A uni-las, o propósito comum de sensibilizar, formar e fortalecer as consciências para uma cultura de solidariedade e de paz; não uma paz qualquer, mas a paz autêntica assente em fundamentos sólidos como o são a justiça, a prevalência do bem comum, e os direitos humanos; não uma paz anónima e distante, mas aquela que está ao alcance da cada um, no dia a dia, que se realiza em gestos de perdão e de generosidade e na vontade de melhorar o quotidiano de cada existência concreta.

“10 Milhões de Estrelas” prolonga-se ainda na noite de Natal, quando milhares de velas se acenderem em cidades vilas e aldeias de Portugal, em cada família, como símbolo dos desejos comuns de um mundo mais justo, humano e solidário para todos.

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O MENSAGEIRO | | |

Formação cristã será prioritária

Entrevista ao pároco de Alcaria e Porto de Mós, padre Isidro Alberto, que pode ler na versão impressa ou aqui.

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Dez títulos ibéricos para Leiria

O Clube de Orientação do Centro (COC) foi terceiro classificado no Campeonato Ibérico de Orientação Pedestre e acumulou 13 subidas individuais ao pódio. Joaquim Sousa (veteranos I) foi um dos campeões ibéricos e logo em três categorias: distância média, sprint urbano e distância longa.

Para além de Joaquim Sousa (na foto), destaque para as vitórias de Luísa Mateus (veteranos II), nas provas de sprint urbano e de distância longa, e Anabela Vieto (veteranos I), em distância longa, que foi ainda terceira classificada na prova de sprint urbano. No escalão júnior, Andreia Silva sagrou-se vice-campeã ibérica, em sprint urbano e distância longa, tal como Catarina Ruivo, em distância média, título que acumulou com os terceiros lugares em sprint urbano e distância longa. Também o júnior Tiago Romão sagrou-se vice-campeão, em sprint urbano.

Com 23 títulos individuais e o pleno colectivo (campeão em masculinos e em femininos), Portugal dominou a XVI edição do Campeonato Ibérico de Orientação Pedestre, prova pontuável para a Taça de Portugal (ver caixa) e para o ranking mundial da federação internacional.

Num evento que contou com um total de 1011 atletas, em representação de 111 equipas (incluindo as Selecções de Portugal e Espanha), e que decorreu em Idanha-a-Nova, nos dias 6 e 7 de Dezembro, o COC participou com 61 atletas e foi terceiro, atrás do Clube Português de Orientação e Corrida e do Grupo Desportivo 4 Caminhos, respectivamente.

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«Desperta, ó homem; por ti, Deus fez-se homem»: O Natal de Cristo é de todos e para todos

1. O Natal, festa da fraternidade e da paz
O Natal é a festa mais alegre, mais familiar, mais calorosa do nosso calendário.

A ceia em família, a missa da meia noite, os cânticos tradicionais, a troca de presentes, os votos de Boas Festas, o presépio, a árvore de Natal, a partilha com os pobres... Tudo isto nos mostra que o Natal é uma festa diferente das outras. É símbolo da alegria do reencontro, da fraternidade e da paz dos corações; é a festa de crentes e não crentes, de todos os que esperam um mundo mais fraterno, mais acolhedor e mais justo!

Mas ao falar assim do Natal, não estaremos, porventura, a reduzi-lo à fantasia de um sonho que, uma vez por ano, nos reconcilia com realidades em que, de facto, não se acredita? Não será que corremos o risco de reduzir o Natal a uma recordação nostálgica do passado, a uma fantasia poética, a um mero jogo de sentimentos? Será que o Natal é apenas celebração poética duma página convencional do calendário?

2. O Natal de Cristo, novidade e coração da fé cristã
De facto, o Natal cristão, para além das expressões culturais a que deu origem, é sobretudo a celebração dum profundo mistério, que constitui a novidade e o coração da fé cristã: o mistério da Encarnação de Deus. Deus entrou no mundo dos homens num sentido inaudito! Não só por via psicológica, no ânimo de uma pessoa profundamente piedosa; não só em termos espirituais, nos pensamentos de uma grande personalidade. Mas, em Jesus Cristo, o Filho eterno do Pai, Deus entrou em pessoa na história dos homens: fez-se homem, filho duma mãe humana, sem deixar de ser o que Ele é eternamente.

É Deus connosco, Deus junto de nós, com rosto e coração humanos, para contagiar os nossos corações e os nossos dias com o Seu Amor Eterno e Santo, partilhá-lo connosco, criando uma família de irmãos, uma nova fraternidade.

“Desperta, ó homem; por ti, Deus fez-se homem”(Santo Agostinho)! É deste acontecimento que fala o Natal. Tudo o resto tira sentido a partir daqui. A nossa fé não é um pensamento, uma ideia, uma opinião. É o acolhimento humilde e maravilhado deste dom incalculável e incrível: Jesus Cristo, Deus connosco.

3. O Natal e os direitos humanos
De Deus feito homem, aprendemos a verdadeira humanidade. Por isso “quem coloca a afirmação da sua fé na Encarnação do Filho de Deus, pode ser protector dos homens, pode levar a felicidade às crianças, às famílias, aos aflitos. A fé na Encarnação ajuda a salvar os homens e a realizar os direitos humanos” (Th. Schniltzer). Eis o apelo forte do Natal deste ano de 2008 em que comemoramos os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos humanos!

Vivemos este Natal num contexto de profunda crise económico-social que se reflecte em várias formas de pobreza. Que o “Menino-Deus” desperte em todos uma onda de ternura e caridade, de partilha e solidariedade a favor de quantos fazem a experiência dura da fragilidade: os pobres, os doentes, os idosos, os sós, os sem trabalho e sem casa, os marginais, os recusados e os desesperados. O Natal de Cristo é de todos e para todos: é plural. Ou o fazemos juntos ou não é verdadeiro Natal!

A todos os diocesanos cheguem os meus melhores votos de Santo Natal e Feliz 2009!

D. António Marto
Bispo de Leiria-Fátima

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Diversidade de contributos numa mesma missão de cuidar

“Foi um ano em que levámos a cabo a missão dos cuidados continuados, em trabalhos suados, numa obra de bem-fazer que procurámos sempre que fosse bem feita”. Foi com estas palavras que António Monteiro, provedor da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Batalha, abriu a sessão do primeiro aniversário do Centro Hospitalar de Nossa Senhora da Conceição, no dia 6 de Dezembro.

Em jeito de apresentação do espírito que preside à instituição, esta frase pode também resumir o trabalho que, de facto, ali tem sido desenvolvido desde a sua abertura oficial, há cerca de um ano.

[Edição de 11 de Dezembro]

 Edição 4736 – 11 de Dezembro

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“Concerto do Vidrão” é iniciativa inédita

O Concerto do Vidrão é uma iniciativa inédita, dinamizada pela Valorlis, em parceria com o Orfeão de Leiria Conservatório de Artes (OL CA), e terá lugar no próximo dia 13 de Dezembro, pelas 15h00, no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria. Este espectáculo insere-se na campanha “Vidro e Vidrão, grande paixão”, e nasceu da necessidade de aumentar os índices de colocação dos resíduos de vidro nos ecopontos adequados, os chamados “vidrões”.

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Câmara entregou habitação social

No dia 6 de Dezembro, Isabel Damasceno, Presidente da Câmara Municipal de Leiria, entregou simbolicamente as chaves de três novas habitações sociais na freguesia de Ortigosa, a famílias em situação de grave carência habitacional e de baixos recursos económicos. Uma das habitações, de tipologia T2, destinou-se a um agregado familiar composto por mãe e filho, portador de incapacidade permanente. A outra habitação, de tipologia T3, foi entregue a um agregado composto por dois adultos e respectivos filhos e a terceira habitação social, um T3, contemplou uma família composta por dois adultos e cinco filhos menores. As habitações têm respectivamente, rendas com valores mensais de 36,35 euros, 65,34 euros e 91,55 euros.

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Convite à redescoberta do essencial da fé no encontro com Cristo

Entrevista ao pároco de Arrimal, Mendiga e Serro Ventoso, Pe. Orlandino Barbeiro Bom, que pode ler na versão impressa ou aqui.

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IDP reconhece mérito a leirienses

O Instituto de Desportos de Portugal (IDP) homenageou, recentemente, o Clube de Orientação do Centro (COC) e o responsável pela sua escola, Hélder Ferreira, atribuindo-lhes o diploma “Reconhecer o Mérito”.

“Esta distinção tem como base o trabalho que o clube e particularmente o professor Hélder Ferreira tem feito na captação de jovens para o desporto em geral e na Orientação em particular, criando na juventude hábitos saudáveis na prática desportiva e particularmente na nossa modalidade o respeito pela natureza e o desenvolvimento da auto confiança, pelas constantes necessidades de tomadas de decisão que caracterizam a Orientação”, pode ler-se no site do COC.

Em 2007/08 o clube leiriense conquistou um total de 14 títulos nacionais colectivos, aos quais se juntaram constantes chamada de atletas às selecções nacionais e a organização do Campeonato do Mundo de Veteranos de Orientação Pedestre, que passou pela região, no passado mês de Junho.

O reconhecimento – terceiro no historial do clube –, que surge no âmbito da nomeação feita pela Federação Portuguesa de Orientação, foi efectuado no dia 24 de Novembro, em Coimbra.

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Para lá do doente

Na passada semana fomos surpreendidos pelo desabafo de George Bush, presidente na América, que, numa recente entrevista, afirmou que a teoria científica da evolução, agora mais provada que nunca, não choca nem desacredita a teoria da criação presente na Bíblia e na fé cristã. A surpresa não está nas suas palavras, não veio dizer nada que já não soubéssemos, mas está no facto de assumir de forma pública uma verdade que faz parte da nossa vida mais pessoal e dos valores particulares defendidos pela Igreja Católica.

Esta constatação traz consigo ainda outra certeza da fé: afinal de contas, o mundo moderno com os progressos mais avançados que possa alcançar, caminha a par com a humanização e a afirmação dos valores humanos mais genuínos e naturais. Por muito que alguns queiram ver aqui uma rivalidade e um campo de batalha (fé e razão), tão antiga como o homem, a verdade é que não só não há rivalidade ou oposição, como até parece haver complementaridade e suporte mútuo. Aliás, qualquer teoria da evolução só faz sentido se desembocar em maior humanismo e maior afirmação do valor da vida humana. A ciência não vale por si mesma; vale enquanto estiver ao serviço do homem.

Neste sentido percebemos como a evolução, por exemplo no campo da medicina, nos levou à criação de espaços e tempos que vão para lá do simples internamento necessário para a realização de cirurgias. É invenção e descoberta da modernidade a criação de outros espaços que saem para lá do comum internamento e apostam na humanização do doente. O doente é sempre um ser humano; e este é sempre mais importante que aquele. Assistimos, por isso, à criação de “unidades de cuidados continuados”, espaços que são também lugares de convívio e de valorização da pessoa humana, considerada na sua essência e não na sua doença. Trata-se de prolongamentos dos habituais hospitais e têm como preocupação dar a cada pessoa uma possibilidade para que a doença seja vivida de uma forma diferente com que geralmente ela é vivida. Trata-se de espaços em que é possível descobrir o valor do ser humano, inerente mesmo à sua condição de frágil e débil. É que em cada doente, mais ou menos grave, está sempre presente um ser humano, com sentimentos, com pensamentos, com vontade própria e com consciência de si e dos outros. Só assim se pode também compreender que a própria doença, tantas vezes motivo de descrédito e de desânimo, se converta em trampolim e motor para voos mais altos.

Nas Brancas, Batalha, está em funcionamento uma destas unidades de cuidados continuados há um ano. Por ali têm passado muitos doentes, mas são sobretudo os rostos e as história que são recordados e são lembrados como verdadeiros protagonistas desta instituição. Por ali se tem dado valor a quem aparentemente se quer desvalorizar; ali se tem encontrado valor onde muitos querem fazer crer que não há.

Quando na recente visita pastoral D. António Marto visitou estas instalações, pudemos com ele presenciar e apreciar o trabalho que ali se desenvolve. E porque o humanismo é posto em destaque, quisemos fazer memória nesta edição para que de alguma forma se reconheça o trabalho desenvolvido e ao mesmo tempo se possa reflectir no bem que se vai fazendo de forma silenciosa, institucional e graciosa. O mundo pode estar confuso e os caminhos podem não ser claros. Mas para lá do tecnicismo desenfreado e da razão fria, está também presente o calor do humanismo que será sempre o ultimo reduto da nossa condição.

[Edição de 11 de Dezembro]

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O MENSAGEIRO | | |

A luta pelo profissionalismo e contra uma política adversa

No VII Congresso Nacional da Associação de Imprensa de Inspiração Cristã (AIC), falou-se da necessidade de apostar num maior profissionalismo dos meios humanos e materiais dos órgãos de comunicação da Igreja, como resposta às actuais exigências de qualidade deste serviço. Mas não deixou de se apontar o dedo a uma “política negativa deste Governo para o sector da Comunicação Social”, com a AIC a exigir do Estado o cumprimento do protocolo celebrado com as associações – lembrando por exemplo a legislação sobre a distribuição equitativa da publicidade institucional, como reconhecimento do serviço público prestado – e que mantenha como prioritário o incentivo à leitura, para que não se perca a ligação com a comunidade portuguesa na diáspora e países lusófonos.

Nesta edição, apresentamos estas e outras questões que ali foram debatidas, num resumo das principais intervenções.

[Edição de 4 de Dezembro]

Edição 4735 – 4 de Dezembro

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O MENSAGEIRO | 2008-12-05 | |

Comemorações do Dia de Santa Cecília

O Orfeão de Leiria Conservatório de Artes (OLCA) recebeu mais de 1.000 pessoas nas comemorações do Dia de Santa Cecília, padroeira da música, no dia 22 de Novembro. O evento serviu para apresentar o autocarro da instituição, recentemente adquirido, e o novo website, marcando assim o início do ano lectivo 2008/2009 no Orfeão de Leiria.

As cerimónias oficiais tiveram início com a bênção das viaturas do OLCA, pelo padre Jorge Guarda, Vigário Geral da Diocese de Leiria-Fátima. A oração de sapiência da sessão de abertura do ano lectivo 2008/2009 ficou a cargo de Luciano de Almeida, presidente do Instituto Politécnico de Leiria e presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos.

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Angariação de 1.905 toneladas de alimentos

Os Bancos Alimentares Contra a Fome recolheram em Portugal no passado fim-de-semana mais de 1.905 toneladas de géneros alimentares na campanha realizada em 1119 superfícies comerciais das zonas de Abrantes, Algarve, Aveiro, Braga, Coimbra, Cova da Beira, Évora e Beja, Leiria-Fátima, Lisboa, Oeste, Portalegre, Porto, Setúbal, S.Miguel.

O acréscimo de 19 % em relação a Dezembro do ano passado, numa campanha que apelou aos muitos heróis que com as suas contribuições fazem a diferença na vida de muitos milhares de pessoas carenciadas, suscitou uma enorme adesão tanto por parte do público, expressa nas quantidades doadas, como dos voluntários que quiseram colaborar.

A actual crise que se vive no mundo, a que Portugal não escapa, conjugada com o acréscimo de preço dos bens alimentares registado ao longo do ultimo ano, tornam ainda mais necessária a acção dos Bancos Alimentares para minorar as carências alimentares que atingem muitas famílias.

A campanha apelou, uma vez mais, à solidariedade de todos os portugueses mostrando que basta uma pequena contribuição de cada pessoa para, em conjunto, ser possível ajudar muitas pessoas necessitadas. Os produtos alimentares constituem um bem de consumo particular, na medida em que deles depende a sobrevivência. A actual situação tem consequências dramáticas sobretudo para as pessoas mais pobres, nomeadamente os idosos, as pessoas desempregadas ou com empregos precários e as famílias numerosas.

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Advento: tempo de esperança

A esperança cristã é um desafio de santidade. É esperarmos o dia de Nosso Senhor Jesus Cristo, plenitude futura do que já podemos ser agora. Esse futuro prometido será a definitiva manifestação da plenitude de Jesus Cristo, em nós e para nós, o “dia de Nosso Senhor Jesus Cristo”. A esperança cristã é também uma esperança escatológica, que não é pura expectativa, mas plenitude anunciada no realismo da nossa fé e da nossa fidelidade, possível com a força de Cristo ressuscitado, o Seu Espírito de amor que Ele derrama nos nossos corações. A relação entre o presente da fé e da graça e a plenitude escatológica esperada é essencial na compreensão da esperança cristã.

O que é que esperamos no presente? O que é que o nosso baptismo e confirmação tornaram possível e exigem de nós? Só a santidade nos revela o horizonte de possibilidades de vida que temos já neste mundo, a partir de Jesus Cristo. É por isso que, no alimentar da nossa esperança, é importante confrontarmo-nos com modelos de santidade; é por isso que a Igreja continua a propor-nos modelos de santidade. Os santos dizem-nos que podemos ir muito mais longe, na nossa busca da vida, se a vivermos em Cristo ressuscitado. Neste primeiro aspecto, a esperança cristã é a vivência radical da nossa salvação.

Esse era já o aspecto central da esperança messiânica do Antigo Testamento, como escutámos no texto do Profeta Isaías: “Vós Senhor, sois nosso Pai e nosso Redentor, tal é, desde sempre, o Vosso Nome” (Is. 63,16). Devido à nossa finitude e ao nosso pecado, a verdadeira vida só pode ser o fruto da acção de Deus em nós, como aconteceu na primeira criação: “Vós, porém, Senhor, sois nosso Pai e nós o barro de que sois o Oleiro; somos todos obra das Vossas mãos” (Is. 64,7). É por isso que a Igreja, ao reconhecer em Jesus Cristo o Messias prometido, O identifica como nosso Redentor, Ele, que com a Sua morte e ressurreição e pelo dom do Espírito, Se tornou, para todo o sempre, esse oleiro divino, capaz de fazer maravilhas do barro que somos nós. A esperança cristã brota da coerência com o mistério da redenção.

Sendo assim, o que é que podemos esperar para cada cristão e para todo o povo dos baptizados, neste tempo presente, espaço da nossa fidelidade e da nossa luta pela vida? Qual é o desafio do Advento? Qual é a esperança da Igreja, ela que vive o mistério da salvação no tempo e em cada tempo?

* Antes de mais, a Igreja espera que cada cristão e toda a comunidade dos crentes identifique em Jesus Cristo o seu Redentor. Cristo não é mais um Santo da nossa devoção, Ele é o nosso Redentor, ou seja, depende d’Ele o triunfo da nossa vida, Ele é o oleiro que faz do barro que somos nós, obras de arte que glorificam o Senhor. É preciso aceitar que o barro tem de ser moldado, transformado, porque o projecto e a realização da obra de arte está no poder do oleiro.

* A Igreja espera do Seu Redentor que esta acção de Deus nos cristãos os leve a imitar Jesus Cristo, “a ter os mesmos sentimentos de Jesus Cristo” (Fil. 2,5), na glorificação de Deus pela oração vivida, na pureza do amor, dos esposos, dos pais e dos filhos, dos amigos, do amor fraterno que torna a vida comunitária em mistério de comunhão; no amor que é a fonte do ardor missionário e evangelizador; no amor que é solicitude pelos pobres e pelos aflitos. A Igreja espera do Seu Redentor que nos ensine e nos ajude a caminhar na santidade.

Eu sei que estas palavras são a denúncia de dimensões comummente aceites pela cultura contemporânea. Mas a esperança cristã, sendo anúncio, é inevitavelmente denúncia. A esperança cristã é um desafio à coerência: não andarmos “a fazer de conta”, mas dar a densidade da vida vivida à palavra escutada e pronunciada. A vida cristã não basta dizê-la, é preciso “fazê-la”.

Excerto da reflexão do Cardeal D. José Policarpo

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Fátima confirma, U. Serra surpreende

Está acesa a luta pela subida à Liga de Honra – segunda divisão mais importante do futebol português e a primeira profissional. Com metade do campeonato da II divisão já disputado, o Centro Desportivo de Fátima confirma o favoritismo de subida, enquanto que a estreante U. Serra tem sido a surpresa. A luta pelo primeiro lugar promete, atendendo que é o único que dá acesso ao play off de subida.

Um dos mais satisfeitos com o percurso da sua equipa, a U. Serra, é o técnico Ricardo Moura, para quem “o objectivo era a manutenção”, mas com preferência nos seis primeiros lugares. Terminada a primeira volta, a equipa ocupa o terceiro, com duas derrotas, precisamente contra as equipas que tem à sua frente. O técnico recorda esses dois jogos, onde ambas “as derrotas sugiram já nos descontos, portanto, até poderíamos estar noutro lugar.” Ainda assim, “o balanço é muito positivo”, afirma.

Mas se a estreia da U. Serra na II divisão tem dado que falar entre adeptos e adversários, Ricardo Moura encara o percurso da sua equipa com naturalidade. “Somos a surpresa só para quem não conhece o grupo, porque desde o início sabíamos que tínhamos jogadores experientes e capazes de lutar com qualquer adversário”, sublinha.

Relativamente aos dez jogos que ainda faltam, o técnico recorda que “vai ser um campeonato da regularidade.” Como a U. Serra “é um clube rigoroso, não é muito viável fortalecer a equipa.” Ainda assim, Ricardo Moura sublinha que, mantendo o objectivo inicial de garantir a manutenção, “é importante ganhar estatuto de 2ª divisão” antes de se pensar “noutros voos”, como uma eventual subida à Liga de Honra.

Fátima no bom caminho
“Vamos tentar arranjar possibilidades para voltar, não quero dizer que seja já este ano, mas estou seguro que, quando isso acontecer, as pessoas vão estar mais preparadas para estes novos desafios.” As palavras são do técnico Rui Vitória, que viu a sua equipa dar um passo importante rumo a esse objectivo: está no topo da classificação, sem qualquer derrota.
A confirmar-se a regularidade, a que não serão alheias as experiências que a equipa e o técnico têm de 2ª divisão, bem como da Liga de Honra, o Fátima poderá manter o actual lugar, confirmando assim o favoristismo de subida de divisão, com que tem sido apontado.

U. Serra x Fátima (0-1)
O segundo frente-a-frente entre as equipas vizinhas está agendado para o dia 21 de Dezembro, no Estádio Municipal de Fátima, a contar para a 13ª jornada, precisamente três meses depois do primeiro embate, em Santa Catarina da Serra, que se saldou numa vitória da equipa fatimense.

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Imprensa Regional

A origem da imprensa está ligada às pequenas informações que circulavam entre amigos; os assuntos eram inicialmente referentes ao próprio grupo, aspectos relativos aos assuntos relacionados com o grupo de amigos. Ou seja, a imprensa está, na sua origem, ligada à informação restrita, particular e regional. Só na sua fase mais avançada a imprensa adquire uma dimensão nacional e depois universal. Ainda hoje um dos critérios de prioridade da notícia prende-se com a sua proximidade psíquica e geográfica. Apesar do mundo globalizado e a realidade da “aldeia global”, a verdade é que a notícia interessa-me quando se refere a casos e situações próximas, ocorridas no bairro, na cidade ou na região. É aí que se desenrola a vida de cada um e é aí que, inevitavelmente, me interessa o que acontece ou deixa de acontecer. Por mais globalizada que seja a vida dos nossos dias e por mais próximos que estejamos uns dos outros, a verdade é que haverá sempre um próximo mais próximo que outros. Por isso, a informação regional será sempre mais apreciada e estará sempre na origem de qualquer outra informação. Será sempre mais apreciada e mais desejada. A imprensa regional é, pois, a base de toda a informação e não pode a título algum ser esquecida, desrespeitada ou desvalorizada.

Assistimos em Portugal, nos últimos anos, a uma ideologia que rema contra a corrente; uma corrente que quer fazer-nos acreditar que o importante é o que se passa lá longe em países e regiões que não conhecemos e que nada têm a ver com o nosso quotidiano. Uma maneira de entender o mundo que não é natural e que só pode ter explicação na vontade que alguns têm de fazer prevalecer as suas ideias e determinados grupos partidários e sectários. Só neste contexto se pode compreender o ataque cerrado com que a imprensa regional tem sido castigada nos últimos anos. Não se vê outra explicação.

A Igreja tem como missão, deixada pelo seu fundador, levar a mensagem “até aos confins do mundo”. A imprensa cristã faz parte deste mandato e é assumida como forma de evangelização, ao serviço do homem e da sociedade. Não se pretende lutar contra ninguém nem fazer mal a quem quer que seja. Pretende-se simplesmente lutar pela verdade e pela dignidade da pessoa humana. Por isso a imprensa cristã é uma mais-valia para a sociedade e para os governos, quaisquer que sejam. Mas quer-nos parecer que a actual luta contra a imprensa regional pretende atingir tão só a imprensa cristã, já que muitas das exigências impostas atacam directamente os meios de comunicação da Igreja. É um absurdo dizer que se apoia a comunicação social e depois impor critérios que decretam o seu fim, pelo facto de atingir máximos de audiência. Só ideias anti-Igreja justificam leis e normas assim aprovadas. Mais uma investida maçónica que sorrateiramente este governo quer impor. Perdemos o direito à liberdade e perdemos o direito a ser bons. Acontece na imprensa o que se quer impor na educação: sermos medíocres e nunca pugnamos por ser bons ou os melhores. A RR é boa demais, por isso o Governo quer acabar com ela. Chegamos ao cúmulo do autoritarismo e da vergonha. O país está podre e a vontade do governo é que não saia da podridão. Porquê? Medo? Inveja? Maldade? Certamente por interesses escondidos.

Nesta edição quisemos abordar a questão. Mas não queremos usar as armas de quem nos ataca. No meio de tanta coisa que investigamos e depositamos sobre a nossa secretária, escolhemos o mais pacifico, o menos conflituoso. Apenas deixamos a informação para todos, responsáveis nacionais e leitores, de que estamos atentos e não temos os olhos fechados. Talvez um dia, em altura própria, o feitiço se vire contra o feiticeiro, porque jamais alguém algum dia venceu o Mestre. Calados, para já, mas atentos. Um silêncio que pode ser afinal o que medeia entre o acender do rastilho e a detonação final. “Pela boca morre o peixe”, diz o povo e nós estamos em crer que o isco está lançado. Na hora certa o peixe vai morrer.

[Edição de 4 de Dezembro]

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