Imprensa Regional
A origem da imprensa está ligada às pequenas informações que circulavam entre amigos; os assuntos eram inicialmente referentes ao próprio grupo, aspectos relativos aos assuntos relacionados com o grupo de amigos. Ou seja, a imprensa está, na sua origem, ligada à informação restrita, particular e regional. Só na sua fase mais avançada a imprensa adquire uma dimensão nacional e depois universal. Ainda hoje um dos critérios de prioridade da notícia prende-se com a sua proximidade psíquica e geográfica. Apesar do mundo globalizado e a realidade da “aldeia global”, a verdade é que a notícia interessa-me quando se refere a casos e situações próximas, ocorridas no bairro, na cidade ou na região. É aí que se desenrola a vida de cada um e é aí que, inevitavelmente, me interessa o que acontece ou deixa de acontecer. Por mais globalizada que seja a vida dos nossos dias e por mais próximos que estejamos uns dos outros, a verdade é que haverá sempre um próximo mais próximo que outros. Por isso, a informação regional será sempre mais apreciada e estará sempre na origem de qualquer outra informação. Será sempre mais apreciada e mais desejada. A imprensa regional é, pois, a base de toda a informação e não pode a título algum ser esquecida, desrespeitada ou desvalorizada.
Assistimos em Portugal, nos últimos anos, a uma ideologia que rema contra a corrente; uma corrente que quer fazer-nos acreditar que o importante é o que se passa lá longe em países e regiões que não conhecemos e que nada têm a ver com o nosso quotidiano. Uma maneira de entender o mundo que não é natural e que só pode ter explicação na vontade que alguns têm de fazer prevalecer as suas ideias e determinados grupos partidários e sectários. Só neste contexto se pode compreender o ataque cerrado com que a imprensa regional tem sido castigada nos últimos anos. Não se vê outra explicação.
A Igreja tem como missão, deixada pelo seu fundador, levar a mensagem “até aos confins do mundo”. A imprensa cristã faz parte deste mandato e é assumida como forma de evangelização, ao serviço do homem e da sociedade. Não se pretende lutar contra ninguém nem fazer mal a quem quer que seja. Pretende-se simplesmente lutar pela verdade e pela dignidade da pessoa humana. Por isso a imprensa cristã é uma mais-valia para a sociedade e para os governos, quaisquer que sejam. Mas quer-nos parecer que a actual luta contra a imprensa regional pretende atingir tão só a imprensa cristã, já que muitas das exigências impostas atacam directamente os meios de comunicação da Igreja. É um absurdo dizer que se apoia a comunicação social e depois impor critérios que decretam o seu fim, pelo facto de atingir máximos de audiência. Só ideias anti-Igreja justificam leis e normas assim aprovadas. Mais uma investida maçónica que sorrateiramente este governo quer impor. Perdemos o direito à liberdade e perdemos o direito a ser bons. Acontece na imprensa o que se quer impor na educação: sermos medíocres e nunca pugnamos por ser bons ou os melhores. A RR é boa demais, por isso o Governo quer acabar com ela. Chegamos ao cúmulo do autoritarismo e da vergonha. O país está podre e a vontade do governo é que não saia da podridão. Porquê? Medo? Inveja? Maldade? Certamente por interesses escondidos.
Nesta edição quisemos abordar a questão. Mas não queremos usar as armas de quem nos ataca. No meio de tanta coisa que investigamos e depositamos sobre a nossa secretária, escolhemos o mais pacifico, o menos conflituoso. Apenas deixamos a informação para todos, responsáveis nacionais e leitores, de que estamos atentos e não temos os olhos fechados. Talvez um dia, em altura própria, o feitiço se vire contra o feiticeiro, porque jamais alguém algum dia venceu o Mestre. Calados, para já, mas atentos. Um silêncio que pode ser afinal o que medeia entre o acender do rastilho e a detonação final. “Pela boca morre o peixe”, diz o povo e nós estamos em crer que o isco está lançado. Na hora certa o peixe vai morrer.
[Edição de 4 de Dezembro]
Assistimos em Portugal, nos últimos anos, a uma ideologia que rema contra a corrente; uma corrente que quer fazer-nos acreditar que o importante é o que se passa lá longe em países e regiões que não conhecemos e que nada têm a ver com o nosso quotidiano. Uma maneira de entender o mundo que não é natural e que só pode ter explicação na vontade que alguns têm de fazer prevalecer as suas ideias e determinados grupos partidários e sectários. Só neste contexto se pode compreender o ataque cerrado com que a imprensa regional tem sido castigada nos últimos anos. Não se vê outra explicação.
A Igreja tem como missão, deixada pelo seu fundador, levar a mensagem “até aos confins do mundo”. A imprensa cristã faz parte deste mandato e é assumida como forma de evangelização, ao serviço do homem e da sociedade. Não se pretende lutar contra ninguém nem fazer mal a quem quer que seja. Pretende-se simplesmente lutar pela verdade e pela dignidade da pessoa humana. Por isso a imprensa cristã é uma mais-valia para a sociedade e para os governos, quaisquer que sejam. Mas quer-nos parecer que a actual luta contra a imprensa regional pretende atingir tão só a imprensa cristã, já que muitas das exigências impostas atacam directamente os meios de comunicação da Igreja. É um absurdo dizer que se apoia a comunicação social e depois impor critérios que decretam o seu fim, pelo facto de atingir máximos de audiência. Só ideias anti-Igreja justificam leis e normas assim aprovadas. Mais uma investida maçónica que sorrateiramente este governo quer impor. Perdemos o direito à liberdade e perdemos o direito a ser bons. Acontece na imprensa o que se quer impor na educação: sermos medíocres e nunca pugnamos por ser bons ou os melhores. A RR é boa demais, por isso o Governo quer acabar com ela. Chegamos ao cúmulo do autoritarismo e da vergonha. O país está podre e a vontade do governo é que não saia da podridão. Porquê? Medo? Inveja? Maldade? Certamente por interesses escondidos.
Nesta edição quisemos abordar a questão. Mas não queremos usar as armas de quem nos ataca. No meio de tanta coisa que investigamos e depositamos sobre a nossa secretária, escolhemos o mais pacifico, o menos conflituoso. Apenas deixamos a informação para todos, responsáveis nacionais e leitores, de que estamos atentos e não temos os olhos fechados. Talvez um dia, em altura própria, o feitiço se vire contra o feiticeiro, porque jamais alguém algum dia venceu o Mestre. Calados, para já, mas atentos. Um silêncio que pode ser afinal o que medeia entre o acender do rastilho e a detonação final. “Pela boca morre o peixe”, diz o povo e nós estamos em crer que o isco está lançado. Na hora certa o peixe vai morrer.
[Edição de 4 de Dezembro]
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