Querida juventude
Discretamente e sem grandes alaridos aparece a realização da X edição do Forum Ecuménico Jovem. Talvez que a maioria dos cristãos católicos nem saiba da sua existência. Muitas vezes acontecem assim fenómenos destes, fala-se pouco e faz-se muito. Mas o mundo de hoje só dá importância ao que se fala e nem sempre tem em conta o que se faz.
Leiria vai acolher esta realização e provavelmente tudo ficará na mesma entre nós. Mas certamente os que tiverem a oportunidade de participar nesta experiência ficarão mais ricos porque mais débeis no seu orgulho e na sua afirmação autoritária. O convívio e a troca de experiências, permitirá uma abertura de espírito que certamente fará viver a fé de uma forma mais genuína e mais dialogante. Os caminhos que conduzem a Deus são afinal tão variados e tão inovadores. Fechar-se nas próprias convicções será sempre uma forma deturpada de viver a fé e de compreender o próprio Deus.
O diálogo inter-religioso e o ecumenismo distinguem-se pelo facto de aquele procurar caminhos de diálogo com as outras religiões, ao passo que este busca os mesmos caminhos entre as igrejas cristãs.
Quem conhece a história sabe que muitas vezes as diferenças e as divisões são fruto de acidentes históricos ou “manias” pessoais; joga-se muito mais com as pessoas do que com a verdade da fé. Esta será sempre una e não permitirá atropelos que mais não são do que formas de satisfação de desejos pessoais ou visões redutoras da verdade. A Igreja católica está consciente da necessidade de ultrapassar estas divisões e por isso mesmo tem incentivado todas as formas de diálogo. Em última análise o bem da pessoa e o louvor de Deus são a bitola que devem gerir estes esforços. Importa descobrir como é muito mais o que nos une do que o que nos separa.
Não deixa de haver quem não esteja interessado nos progressos deste diálogo; e não deixa de haver quem queira miná-lo por dentro, ficando-se pela beleza das palavras e das ideias, sem depois se lançar nas atitudes concretas e nos gestos práticos. Felizmente, os jovens são os que não se conformam e têm procurado romper caminhos que alguns queriam ver fechados. Desde que começou a experiência dos Fóruns Ecuménicos da Juventude tem-se feito notar esta atitude de inconformismo e tem aumentado o desejo de rasgar caminhos que levem a uma efectiva aproximação das igrejas cristãs. Por isso, aos mais velhos resta-nos apadrinhar estas realizações e confiar que Deus está a levar por diante o seu projecto fazendo dos jovens os protagonistas.
Em ano Paulino, cabe-nos reconhecer no apóstolo dos gentios o primeiro grande obreiro deste diálogo, aquele que soube levar mais longe a vontade de reunir todos os povos e todas as religiões sob a cabeça que é Cristo.
Nesta edição quisemos falar desta realidade, tendo como pretexto a realização do Fórum que por estes dias se realiza em Leiria. Uma ocasião para pensar mais seriamente sobre a unidade da Igreja.
[Edição de 23 de Outubro]
Leiria vai acolher esta realização e provavelmente tudo ficará na mesma entre nós. Mas certamente os que tiverem a oportunidade de participar nesta experiência ficarão mais ricos porque mais débeis no seu orgulho e na sua afirmação autoritária. O convívio e a troca de experiências, permitirá uma abertura de espírito que certamente fará viver a fé de uma forma mais genuína e mais dialogante. Os caminhos que conduzem a Deus são afinal tão variados e tão inovadores. Fechar-se nas próprias convicções será sempre uma forma deturpada de viver a fé e de compreender o próprio Deus.
O diálogo inter-religioso e o ecumenismo distinguem-se pelo facto de aquele procurar caminhos de diálogo com as outras religiões, ao passo que este busca os mesmos caminhos entre as igrejas cristãs.
Quem conhece a história sabe que muitas vezes as diferenças e as divisões são fruto de acidentes históricos ou “manias” pessoais; joga-se muito mais com as pessoas do que com a verdade da fé. Esta será sempre una e não permitirá atropelos que mais não são do que formas de satisfação de desejos pessoais ou visões redutoras da verdade. A Igreja católica está consciente da necessidade de ultrapassar estas divisões e por isso mesmo tem incentivado todas as formas de diálogo. Em última análise o bem da pessoa e o louvor de Deus são a bitola que devem gerir estes esforços. Importa descobrir como é muito mais o que nos une do que o que nos separa.
Não deixa de haver quem não esteja interessado nos progressos deste diálogo; e não deixa de haver quem queira miná-lo por dentro, ficando-se pela beleza das palavras e das ideias, sem depois se lançar nas atitudes concretas e nos gestos práticos. Felizmente, os jovens são os que não se conformam e têm procurado romper caminhos que alguns queriam ver fechados. Desde que começou a experiência dos Fóruns Ecuménicos da Juventude tem-se feito notar esta atitude de inconformismo e tem aumentado o desejo de rasgar caminhos que levem a uma efectiva aproximação das igrejas cristãs. Por isso, aos mais velhos resta-nos apadrinhar estas realizações e confiar que Deus está a levar por diante o seu projecto fazendo dos jovens os protagonistas.
Em ano Paulino, cabe-nos reconhecer no apóstolo dos gentios o primeiro grande obreiro deste diálogo, aquele que soube levar mais longe a vontade de reunir todos os povos e todas as religiões sob a cabeça que é Cristo.
Nesta edição quisemos falar desta realidade, tendo como pretexto a realização do Fórum que por estes dias se realiza em Leiria. Uma ocasião para pensar mais seriamente sobre a unidade da Igreja.
[Edição de 23 de Outubro]
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