O Bispo que temos
O início do novo ano pastoral na diocese de Leiria-Fátima é marcado pela publicação de uma nova carta pastoral de D. António Marto. O documento, que fora anunciado já há algum tempo, está já disponível para leitura e estudo por parte de todos os agentes pastorais e fiéis em geral. Dado que o presente ano é dedicado, na sequência do Projecto Pastoral elaborado pela diocese, à formação cristã, a referida carta aborda esta questão propondo caminhos de execução e acção. Também por isso se torna um documento precioso e singular na programação pastoral de cada paróquia e de cada movimento eclesial.
Disse “também por isso” porque, a meu ver, a carta pastoral é um precioso documento de literatura cristã ao mesmo tempo que se pode definir como tratado de teologia cristã. Sobretudo no que diz respeito à reflexão sobre o itinerário formativo do cristão. É interessante ver como um documento que aborda a questão da formação é ele mesmo um manual de formação. Aliado ao valor da reflexão destaca-se o valor literário. D. António Marto consegue escrever de forma suave e agradável, usando imagens e formas de dizer que deixam transparecer a sua veia poética. A vida também se faz de beleza e de poesia. Como ninguém os poetas sabem saborear a vida no que ela tem de mais belo e vigoroso.
Aliás esta característica parece estar bem presente no nosso bispo que consegue sempre fazer ver o lado bonito da vida e da fé. Não se cansa o prelado de falar da beleza e da alegria da vocação cristã, da fé no seu todo e na vida no geral. Sempre que o ouvimos somos tocados pela clareza da reflexão e pela beleza com que sabe exprimir-se. Por vezes tem expressões que ferem o nosso ouvido, por serem pouco habituais na nossa linguagem quotidiana e por serem portadoras de esperança e entusiasmo. Uma forma de dialogar e de estar na vida que choca com o nosso espírito derrotista e enfadonho com que tantas vezes a construímos. Uma luz no meio da escuridão da noite e uma lufada de ar fresco e retemperante na melancolia do nosso existir.
Esta é afinal a mensagem do Evangelho no seu todo. Mais que um moralismo pesado, o Evangelho é-nos transmitido eivado de simpatia e entusiasmo. Um dom que não nos pudemos dar ao luxo de deixar passar ao lado. Uma dádiva com que Deus quer inundar e beijar a Igreja do nosso tempo.
Tudo isto só é possível graças à reflexão e ao estilo de vida de quem se sente primeiramente amado e se faz, por amor, veículo do Amor. E, em tempos de crise, nada mais agradável do que poder conviver com homens assim, simples, sinceros e amantes da vida. A diocese está por isso profundamente agradecida a Deus pelo bispo que lhe deu e não pode deixar de mostrar o seu agradecimento. A melhor forma de expressar esse agradecimento será certamente levar em conta os desafios que lhe são lançados, e que agora estão compilados numa carta pastoral que se deve tornar o nosso livro de cabeceira ao longo do ano 2008/2209.
Nesta edição damos conta desta carta pastoral e transcrevemos uma parte da mesma, na qual são apontadas as linhas programáticas e acções a realizar na diocese e na paróquia. Fica o desafio para não fazer desta carta mais uma carta, mas a Carta da Diocese.
[Edição de 11 de Setembro]
Disse “também por isso” porque, a meu ver, a carta pastoral é um precioso documento de literatura cristã ao mesmo tempo que se pode definir como tratado de teologia cristã. Sobretudo no que diz respeito à reflexão sobre o itinerário formativo do cristão. É interessante ver como um documento que aborda a questão da formação é ele mesmo um manual de formação. Aliado ao valor da reflexão destaca-se o valor literário. D. António Marto consegue escrever de forma suave e agradável, usando imagens e formas de dizer que deixam transparecer a sua veia poética. A vida também se faz de beleza e de poesia. Como ninguém os poetas sabem saborear a vida no que ela tem de mais belo e vigoroso.
Aliás esta característica parece estar bem presente no nosso bispo que consegue sempre fazer ver o lado bonito da vida e da fé. Não se cansa o prelado de falar da beleza e da alegria da vocação cristã, da fé no seu todo e na vida no geral. Sempre que o ouvimos somos tocados pela clareza da reflexão e pela beleza com que sabe exprimir-se. Por vezes tem expressões que ferem o nosso ouvido, por serem pouco habituais na nossa linguagem quotidiana e por serem portadoras de esperança e entusiasmo. Uma forma de dialogar e de estar na vida que choca com o nosso espírito derrotista e enfadonho com que tantas vezes a construímos. Uma luz no meio da escuridão da noite e uma lufada de ar fresco e retemperante na melancolia do nosso existir.
Esta é afinal a mensagem do Evangelho no seu todo. Mais que um moralismo pesado, o Evangelho é-nos transmitido eivado de simpatia e entusiasmo. Um dom que não nos pudemos dar ao luxo de deixar passar ao lado. Uma dádiva com que Deus quer inundar e beijar a Igreja do nosso tempo.
Tudo isto só é possível graças à reflexão e ao estilo de vida de quem se sente primeiramente amado e se faz, por amor, veículo do Amor. E, em tempos de crise, nada mais agradável do que poder conviver com homens assim, simples, sinceros e amantes da vida. A diocese está por isso profundamente agradecida a Deus pelo bispo que lhe deu e não pode deixar de mostrar o seu agradecimento. A melhor forma de expressar esse agradecimento será certamente levar em conta os desafios que lhe são lançados, e que agora estão compilados numa carta pastoral que se deve tornar o nosso livro de cabeceira ao longo do ano 2008/2209.
Nesta edição damos conta desta carta pastoral e transcrevemos uma parte da mesma, na qual são apontadas as linhas programáticas e acções a realizar na diocese e na paróquia. Fica o desafio para não fazer desta carta mais uma carta, mas a Carta da Diocese.
[Edição de 11 de Setembro]
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