Vidas com sabor
A história de um povo e de uma diocese também se faz de rostos concretos. Rostos de pessoas que são símbolo, pelo que fizeram e pelo que significaram, muito para lá dos graus académicos que possam ter alcançados ou dos lugares cimeiros que possam ter atingido.
O Mensageiro já habituou os seus leitores a reconhecer esses rostos e, de quando em vez, fala deles para que a sua memória permaneça e ao mesmo tempo desafie os contemporâneos a seguir os seus passos na dedicação e no serviço que prestaram à diocese de Leiria-Fátima.
Desta fez lembramos o cónego José de Oliveira Rosa, aproveitando a ocorrência do seu aniversário natalício (completa 92 anos no dia 30 de Julho), e pela recordação dos seus 69 anos de ministérios (completados no dia 6 de Julho). Uma vida dedicada ao serviço da Igreja, e marcada pela verdade, a rectidão e a humildade. Uma vida que é um exemplo sobretudo na vertente de gratuidade e alegria com que foi preenchida.
Tive a felicidade de com ele conviver desde a minha entrada no Seminário. Foi meu professor e mais tarde colega de habitação. Com ele pude partilhar os momentos de alegria e de dor que experimentou e recordo com saudade a boa disposição com que sempre enfrentou cada momento. Uma alegria que era contagiante porque sábia e partilhada.
Habituámo-nos a vê-lo cruzar as ruas da cidade, sempre vestido com um grande casaco escuro, qual voz crítica e ponderada, que ia buscar ao panorama da cidade alcançado do alto do Santuário de Nossa Senhora da Encarnação. Lembro-me de um desabafo que um dia deixou sair, depois de um momento de oração em que as novas técnicas de luz e som haviam sido usadas a propósito e a despropósito: “rezamos muito… foi bonito.. mas faltou um Pai Nosso”. Sempre fiquei impressionado pela sua capacidade de estar lá, de participar e colaborar, mesmo sentindo que faltava algo. Uma enorme capacidade de se adaptar ao que é moderno, embora formado numa outra escola.
Se hoje o recordamos é para nos desafiarmos a nós mesmos no sentido de saber percorrer o mesmo trilho feito de caminhos novos e métodos novos, mas sempre fiel à verdade.
Aos nossos leitores deixamos a conversa que com ele tivemos nestes dias, e sugerimos que, para lá da recordação e da homenagem pública, nos fique a oração de louvor e agradecimento pelas maravilhas de Deus que por seu intermédio se realizaram.
Ao senhor cónego Rosa, os nossos parabéns e a certeza da nossa oração.
[Edição de 31 de Julho]
O Mensageiro já habituou os seus leitores a reconhecer esses rostos e, de quando em vez, fala deles para que a sua memória permaneça e ao mesmo tempo desafie os contemporâneos a seguir os seus passos na dedicação e no serviço que prestaram à diocese de Leiria-Fátima.
Desta fez lembramos o cónego José de Oliveira Rosa, aproveitando a ocorrência do seu aniversário natalício (completa 92 anos no dia 30 de Julho), e pela recordação dos seus 69 anos de ministérios (completados no dia 6 de Julho). Uma vida dedicada ao serviço da Igreja, e marcada pela verdade, a rectidão e a humildade. Uma vida que é um exemplo sobretudo na vertente de gratuidade e alegria com que foi preenchida.
Tive a felicidade de com ele conviver desde a minha entrada no Seminário. Foi meu professor e mais tarde colega de habitação. Com ele pude partilhar os momentos de alegria e de dor que experimentou e recordo com saudade a boa disposição com que sempre enfrentou cada momento. Uma alegria que era contagiante porque sábia e partilhada.
Habituámo-nos a vê-lo cruzar as ruas da cidade, sempre vestido com um grande casaco escuro, qual voz crítica e ponderada, que ia buscar ao panorama da cidade alcançado do alto do Santuário de Nossa Senhora da Encarnação. Lembro-me de um desabafo que um dia deixou sair, depois de um momento de oração em que as novas técnicas de luz e som haviam sido usadas a propósito e a despropósito: “rezamos muito… foi bonito.. mas faltou um Pai Nosso”. Sempre fiquei impressionado pela sua capacidade de estar lá, de participar e colaborar, mesmo sentindo que faltava algo. Uma enorme capacidade de se adaptar ao que é moderno, embora formado numa outra escola.
Se hoje o recordamos é para nos desafiarmos a nós mesmos no sentido de saber percorrer o mesmo trilho feito de caminhos novos e métodos novos, mas sempre fiel à verdade.
Aos nossos leitores deixamos a conversa que com ele tivemos nestes dias, e sugerimos que, para lá da recordação e da homenagem pública, nos fique a oração de louvor e agradecimento pelas maravilhas de Deus que por seu intermédio se realizaram.
Ao senhor cónego Rosa, os nossos parabéns e a certeza da nossa oração.
[Edição de 31 de Julho]
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