A fé ao serviço das pessoas
A estrutura organizativa da Igreja foi pioneira na relação de proximidade. Desde cedo ganharam relevância e dinamismo as igrejas locais, as comunidades paroquiais e locais, que permitiram uma acção evangelizadora mais pessoal e mais de acordo com as especificidades de cada zona geográfica. A mensagem foi e é sempre a mesma. A forma de a levar “até aos confins do mundo” tem-se adaptado às mutações da evolução social e histórica.
Depois da Revolução industrial, o crescimento das cidades e zonas urbanas tem sido um dos principais desafios às estruturas tradicionais. A paróquia territorial, tal como a conhecemos, está a sofrer transformações que de dia para dia requerem uma revisão e uma atenção particular. Na maioria das vezes o crescimento urbano faz-se com a fixação de pessoas que vêm das zonas rurais e que são portadoras de vivência religiosa acentuada. Na cidade, o anonimato e a falta de referências podem levar ao abandono da sua prática de vida cristã. Importa, por isso, apostar na proximidade. Importa que os serviços e as propostas cristãs sejam visíveis, dinâmicas e de alguma forma apareçam como proposta efectiva. Para tanto, a criação de novos centros de vida cristã é o caminho a seguir pelas paróquias urbanas, criando uma rede de acção que não esqueça ninguém nem nenhuma zona.
Leiria é um exemplo claro desta necessidade. Em poucos anos a população da cidade cresceu de forma galopante. E a paróquia, que fora sempre una, com o centro na Sé de Leiria, passou a deparar-se com a dificuldade de chegar a todos os lados. Requeria-se um esforço desmesurado, e surgiam os problemas relacionados de estar em todo o lado, por vezes até de estar onde mais era necessário. A criação de centros de vida cristã que dinamizassem e agregassem as populações dos bairros entretanto criados parecia ser o caminho necessário para que a mensagem e a proposta cristã chegassem a todos. Há alguns anos que o problema vinha sendo falado, estudado e fazia parte da estratégia da vigararia. A criação da paróquia da Cruz da Areia foi o primeiro passo de um processo que é mais alargado e mais vasto. Desde 2004, a zona urbana de S. Romão e Guimarota, é alvo de uma atenção especial, tendo sido nomeado para a mesma um responsável pastoral.
Para lá das estruturas físicas e jurídicas a preocupação centra-se no âmbito da vida e da criação de relações interpessoais. Foi sempre essa, aliás, a preocupação da Igreja. A Mensagem do Evangelho é acima de tudo uma proposta para as pessoas e para a sua vida; mais que serviços estruturais, resposta a burocracias sociais ou eclesiais, a Igreja pretende ajudar as pessoas, oferecer uma mais valia às suas vidas. O ser humano, a pessoa, estão acima de qualquer estrutura. Por isso, todo o trabalho que se faça deverá estar sujeito a este valor máximo, de modo a que as estruturas surjam como consequência lógica e necessária.
Nesta edição quisemos dar conhecimento do que se vai fazendo na zona concreta de S. Romão e Guimarota. Move-nos o desejo de ajudar os residentes para que mais facilmente possam alimentar a fé.
[Edição de 22 de Maio]
Depois da Revolução industrial, o crescimento das cidades e zonas urbanas tem sido um dos principais desafios às estruturas tradicionais. A paróquia territorial, tal como a conhecemos, está a sofrer transformações que de dia para dia requerem uma revisão e uma atenção particular. Na maioria das vezes o crescimento urbano faz-se com a fixação de pessoas que vêm das zonas rurais e que são portadoras de vivência religiosa acentuada. Na cidade, o anonimato e a falta de referências podem levar ao abandono da sua prática de vida cristã. Importa, por isso, apostar na proximidade. Importa que os serviços e as propostas cristãs sejam visíveis, dinâmicas e de alguma forma apareçam como proposta efectiva. Para tanto, a criação de novos centros de vida cristã é o caminho a seguir pelas paróquias urbanas, criando uma rede de acção que não esqueça ninguém nem nenhuma zona.
Leiria é um exemplo claro desta necessidade. Em poucos anos a população da cidade cresceu de forma galopante. E a paróquia, que fora sempre una, com o centro na Sé de Leiria, passou a deparar-se com a dificuldade de chegar a todos os lados. Requeria-se um esforço desmesurado, e surgiam os problemas relacionados de estar em todo o lado, por vezes até de estar onde mais era necessário. A criação de centros de vida cristã que dinamizassem e agregassem as populações dos bairros entretanto criados parecia ser o caminho necessário para que a mensagem e a proposta cristã chegassem a todos. Há alguns anos que o problema vinha sendo falado, estudado e fazia parte da estratégia da vigararia. A criação da paróquia da Cruz da Areia foi o primeiro passo de um processo que é mais alargado e mais vasto. Desde 2004, a zona urbana de S. Romão e Guimarota, é alvo de uma atenção especial, tendo sido nomeado para a mesma um responsável pastoral.
Para lá das estruturas físicas e jurídicas a preocupação centra-se no âmbito da vida e da criação de relações interpessoais. Foi sempre essa, aliás, a preocupação da Igreja. A Mensagem do Evangelho é acima de tudo uma proposta para as pessoas e para a sua vida; mais que serviços estruturais, resposta a burocracias sociais ou eclesiais, a Igreja pretende ajudar as pessoas, oferecer uma mais valia às suas vidas. O ser humano, a pessoa, estão acima de qualquer estrutura. Por isso, todo o trabalho que se faça deverá estar sujeito a este valor máximo, de modo a que as estruturas surjam como consequência lógica e necessária.
Nesta edição quisemos dar conhecimento do que se vai fazendo na zona concreta de S. Romão e Guimarota. Move-nos o desejo de ajudar os residentes para que mais facilmente possam alimentar a fé.
[Edição de 22 de Maio]
Etiquetas: editorial