Ontem, hoje e por toda a eternidade
A Igreja católica vive por estes dias o mistério central que lhe está na origem e que constitui objecto da sua missão no mundo. Falamos da ressurreição de Jesus. Apesar de vivermos uma época de intensificação espiritual e de algum regresso à religiosidade, a verdade é que somos ainda muito dominados pela visão social da Igreja. Ou seja, ainda pensamos que se trata de uma instituição social com preocupações sociais e voltada para a transformação social. Embora essa preocupação seja legítima e faça parte da essência da Igreja, a verdade é que não se trata de uma instituição prioritariamente voltada para o social. Ela tem a sua raiz numa verdade de fé que serve de motor para as propostas e soluções sociais. Toda a acção social da Igreja deve assentar numa verdade da fé: “esse Jesus que passou fazendo o bem e que foi morto, ressuscitou, está vivo, presente no meio de nós”. A partir desta certeza tiram-se as mais variadas consequências, uma das quais será a transformação da sociedade. O combate a todas as formas de morte e de destruição é uma imposição que a Igreja vive a partir da fé na ressurreição.
Nesse sentido a Páscoa é transversal a todo o anúncio e a toda a acção da Igreja. E por essa razão também a Páscoa deve ser entendida de uma forma contínua e permanente.
Porém, os cristãos fazem parte da sociedade e dela bebem o sentir e os esquemas mentais. Não admira, por isso, que muitas vezes, eles mesmos, sintam dificuldade em viver a Páscoa como forma de estar e viver. Sentem a dificuldade de transformar a sociedade à luz da Páscoa, e facilmente caem na ideia de transformar as situações concretas uma a uma, sem que essa transformação nasça da fé na ressurreição. A Visita Pascal que nestes dias cruza as nossas ruas é o anúncio feliz da fé na ressurreição. Uma fé que se estende a todos os momentos da vida do cristão e não está confinado a um tempo e a uma festividade. Por isso a Visita Pascal deveria prolongar-se por todo o ano e por todas as situações do quotidiano. Contra a guerra, a corrupção, a falência dos sistemas económicos e políticos, a Igreja deve continuar a afirmar uma única verdade “Ele ressuscitou, está vivo, presente no meio de nós”. Esta Boa Nova não tem hora nem data para ser proclamada. Por isso, A Páscoa foi ontem, é hoje e continua amanhã. Quisemos avivar esta visão dinâmica da celebração pascal e trouxemos às páginas desta edição esta forma de ver e entender a fé na ressurreição de Jesus.
Façamos Páscoa todos os dias e todos os momentos do nosso quotidiano e o mundo será diferente.
[Edição de 27 de Março]
Nesse sentido a Páscoa é transversal a todo o anúncio e a toda a acção da Igreja. E por essa razão também a Páscoa deve ser entendida de uma forma contínua e permanente.
Porém, os cristãos fazem parte da sociedade e dela bebem o sentir e os esquemas mentais. Não admira, por isso, que muitas vezes, eles mesmos, sintam dificuldade em viver a Páscoa como forma de estar e viver. Sentem a dificuldade de transformar a sociedade à luz da Páscoa, e facilmente caem na ideia de transformar as situações concretas uma a uma, sem que essa transformação nasça da fé na ressurreição. A Visita Pascal que nestes dias cruza as nossas ruas é o anúncio feliz da fé na ressurreição. Uma fé que se estende a todos os momentos da vida do cristão e não está confinado a um tempo e a uma festividade. Por isso a Visita Pascal deveria prolongar-se por todo o ano e por todas as situações do quotidiano. Contra a guerra, a corrupção, a falência dos sistemas económicos e políticos, a Igreja deve continuar a afirmar uma única verdade “Ele ressuscitou, está vivo, presente no meio de nós”. Esta Boa Nova não tem hora nem data para ser proclamada. Por isso, A Páscoa foi ontem, é hoje e continua amanhã. Quisemos avivar esta visão dinâmica da celebração pascal e trouxemos às páginas desta edição esta forma de ver e entender a fé na ressurreição de Jesus.
Façamos Páscoa todos os dias e todos os momentos do nosso quotidiano e o mundo será diferente.
[Edição de 27 de Março]
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