Retiro do povo
A Quaresma é um tempo único na caminhada cristã. Um tempo de formação, de oração e de consciencialização do percurso individual e comunitário. No passado, este período do ano litúrgico teve uma incidência maior nos aspectos morais e celebrativos. Actualmente notamos que os caminhos propostos vão mais na linha da formação e interiorização da fé. Sinais dos tempos que se querem mais voltados para a formação e expressão da fé.
Nos últimos anos temos assistido a um incremento das chamadas “catequeses quaresmais” como espaço de eleição para a referida formação. Segundo o modelo mistagógico, elas têm sido uma espécie de “iniciação” à fé, associando a formação à celebração da fé. Muitas iniciativas se têm tomado e variados caminhos se têm traçado.
No presente ano, o bispo da diocese propõe uma reformulação dos esquemas e até dos conteúdos. Passam a entender-se como “retiro popular”, e com esta formulação pretende-se alargar o horizonte em dois sectores: por um lado, o alvo a atingir e por outro os conteúdos a desenvolver.
Pretende-se atingir o mais possível os fiéis, por isso a designação popular, que remete para os vários grupos, movimentos e sectores da vida da Igreja. O desafio é, pois, alcançar todos os sectores da vida das comunidades, o “povo”. Por isso se apela para a organização de grupos sectoriais, grupos de proximidade física ou espiritual, grupos constituídos, mas também grupos espontâneos.
Mas a reunião que se propõe não tem apenas um objectivo instrutivo ou doutrinal. As sessões pretendem mesmo ser um espaço de partilha, de encontro e de oração. Uma oração que se quer cada vez mais vivida e comunicada, na certeza de que o enriquecimento de uns serve para o crescimento de todos.
A proposta foi estudada e desenvolvida pelos responsáveis de forma a permitir que os vários grupos sejam autónomos na sua execução, podendo adaptar o esquema às características próprias do grupo, nomeadamente no que diz respeito ao tempo utilizado, à periodicidade dos encontros e até à forma de realização.
A nosso ver a proposta é ousada. Por se tratar de um retiro, que exige alguma bagagem e formação cristã e ousada também por seguir a estrutura da Lectio Divina, leitura orante da Palavra, que não é acessível a todas as pessoas e não pode ser feita de ânimo leve. Mas por outro lado, os auxílios fornecidos permitem um fácil manuseamento e as indicações feitas permitem acreditar na fácil execução das sessões programadas.
Temos nas mãos um precioso documento que nos pode ajudar a viver de forma mais intensa o Tempo da Quaresma que vamos iniciar. Não deixemos passar ao lado mais esta oportunidade para crescer na fé.
[Edição Nº 4692, 31 de Janeiro de 2008]
Nos últimos anos temos assistido a um incremento das chamadas “catequeses quaresmais” como espaço de eleição para a referida formação. Segundo o modelo mistagógico, elas têm sido uma espécie de “iniciação” à fé, associando a formação à celebração da fé. Muitas iniciativas se têm tomado e variados caminhos se têm traçado.
No presente ano, o bispo da diocese propõe uma reformulação dos esquemas e até dos conteúdos. Passam a entender-se como “retiro popular”, e com esta formulação pretende-se alargar o horizonte em dois sectores: por um lado, o alvo a atingir e por outro os conteúdos a desenvolver.
Pretende-se atingir o mais possível os fiéis, por isso a designação popular, que remete para os vários grupos, movimentos e sectores da vida da Igreja. O desafio é, pois, alcançar todos os sectores da vida das comunidades, o “povo”. Por isso se apela para a organização de grupos sectoriais, grupos de proximidade física ou espiritual, grupos constituídos, mas também grupos espontâneos.
Mas a reunião que se propõe não tem apenas um objectivo instrutivo ou doutrinal. As sessões pretendem mesmo ser um espaço de partilha, de encontro e de oração. Uma oração que se quer cada vez mais vivida e comunicada, na certeza de que o enriquecimento de uns serve para o crescimento de todos.
A proposta foi estudada e desenvolvida pelos responsáveis de forma a permitir que os vários grupos sejam autónomos na sua execução, podendo adaptar o esquema às características próprias do grupo, nomeadamente no que diz respeito ao tempo utilizado, à periodicidade dos encontros e até à forma de realização.
A nosso ver a proposta é ousada. Por se tratar de um retiro, que exige alguma bagagem e formação cristã e ousada também por seguir a estrutura da Lectio Divina, leitura orante da Palavra, que não é acessível a todas as pessoas e não pode ser feita de ânimo leve. Mas por outro lado, os auxílios fornecidos permitem um fácil manuseamento e as indicações feitas permitem acreditar na fácil execução das sessões programadas.
Temos nas mãos um precioso documento que nos pode ajudar a viver de forma mais intensa o Tempo da Quaresma que vamos iniciar. Não deixemos passar ao lado mais esta oportunidade para crescer na fé.
[Edição Nº 4692, 31 de Janeiro de 2008]
Etiquetas: editorial