Vitaminas para o espírito
Na semana passada afloramos algumas questões relacionadas com a prática desportiva, tendo em conta o arranque da nova época desportiva. Esta semana, voltamos ao assunto, mas com uma abordagem diferente. Não voltamos a falar das movimentações e jogos de interesse que vão fazendo do desporto uma actividade económica rentável para alguns e por vezes prejudicial para outros. Nesta edição queremos olhar o desporto no seu todo e sublinhar a sua importância para a saúde do corpo e da mente.
O sedentarismo e o urbanismo acarretam consigo o imobilismo e o sofrimento do corpo e da mente que assim vai definhando lentamente. Nos últimos anos, porém, temos assistido a alguma mudança na luta contra o sedentarismo.
São já visíveis os muitos percursos pedestres, ou as ciclo-vias, que as autoridades civis vão criando e incentivando ao seu uso, por várias cidades do país, bem como os muitos ginásios que se vão construindo para a prática desportiva. Os finais de tarde em frente do televisor, vão sendo substituídos por longas caminhadas pelas ruas, apenas pelo gosto de caminhar e com a preocupação de cuidar da saúde; as manhãs de domingo antes aproveitadas para dormir até altas horas, vão sendo preenchidas por outros grupos que se vão formando e organizando em torno das mais variadas práticas desportivas, com as mesmas preocupações de aumento do bem-estar e da saúde. Uns e outros buscam um corpo são, numa mente sã.
A nossa região não tem sido alheia a todo este movimento e é fácil a cada um de nós encontrar esta realidade que acabamos de descrever.
São práticas que saudamos e acariciamos, pelo que significam de apreço pela vida e pela saúde. Para o cristão, esta reviravolta nos hábitos citadinos significa também uma maior consciência de que somos parte de um universo querido por Deus e do qual somos administradores. Fazer desporto torna-se um bem para o corpo, para a mente e também para a fé.
Não são apenas os hábitos que estão a mudar; é mesmo a consciência do nosso lugar no universo que está a mudar. O homem urbano contemporâneo, está a tomar consciência de que há valores mais importantes para lá do material. Se as cidades foram uma resposta aos desafios económicos, e se durante muito tempo viver na cidade correspondia a um desejo economicista; começamos, agora, a perceber que a nossa vida não se esgota aí; começamos pouco a pouco a descobrir que há mais para lá do quotidiano. É a nossa consciência do transcendente, é a voz do espírito, que afinal está a levantar-se mais alto e a empurrar-nos para novos hábitos de vida.
Vida saudável, vida serena, são os desafios que estão a dar lugar a uma nova maneira de nos entendermos a nós mesmos e à nossa condição humana. Afinal estamos a descobrir que o dinheiro não é tudo e estamos à procura de mais.
Cada passo dado nas ruas da nossa cidade ou da nossa aldeia ou mesmo num qualquer ginásio, é mais um passo na direcção da redescoberta de nós mesmos e do nosso papel no universo. Importa tomar consciência disso.
Trouxemos o assunto a esta edição porque nos parece que se trata de mais um serviço ao homem, à Igreja e a Deus.
[Edição Nº 4671, 6 de Setembro de 2007]
O sedentarismo e o urbanismo acarretam consigo o imobilismo e o sofrimento do corpo e da mente que assim vai definhando lentamente. Nos últimos anos, porém, temos assistido a alguma mudança na luta contra o sedentarismo.
São já visíveis os muitos percursos pedestres, ou as ciclo-vias, que as autoridades civis vão criando e incentivando ao seu uso, por várias cidades do país, bem como os muitos ginásios que se vão construindo para a prática desportiva. Os finais de tarde em frente do televisor, vão sendo substituídos por longas caminhadas pelas ruas, apenas pelo gosto de caminhar e com a preocupação de cuidar da saúde; as manhãs de domingo antes aproveitadas para dormir até altas horas, vão sendo preenchidas por outros grupos que se vão formando e organizando em torno das mais variadas práticas desportivas, com as mesmas preocupações de aumento do bem-estar e da saúde. Uns e outros buscam um corpo são, numa mente sã.
A nossa região não tem sido alheia a todo este movimento e é fácil a cada um de nós encontrar esta realidade que acabamos de descrever.
São práticas que saudamos e acariciamos, pelo que significam de apreço pela vida e pela saúde. Para o cristão, esta reviravolta nos hábitos citadinos significa também uma maior consciência de que somos parte de um universo querido por Deus e do qual somos administradores. Fazer desporto torna-se um bem para o corpo, para a mente e também para a fé.
Não são apenas os hábitos que estão a mudar; é mesmo a consciência do nosso lugar no universo que está a mudar. O homem urbano contemporâneo, está a tomar consciência de que há valores mais importantes para lá do material. Se as cidades foram uma resposta aos desafios económicos, e se durante muito tempo viver na cidade correspondia a um desejo economicista; começamos, agora, a perceber que a nossa vida não se esgota aí; começamos pouco a pouco a descobrir que há mais para lá do quotidiano. É a nossa consciência do transcendente, é a voz do espírito, que afinal está a levantar-se mais alto e a empurrar-nos para novos hábitos de vida.
Vida saudável, vida serena, são os desafios que estão a dar lugar a uma nova maneira de nos entendermos a nós mesmos e à nossa condição humana. Afinal estamos a descobrir que o dinheiro não é tudo e estamos à procura de mais.
Cada passo dado nas ruas da nossa cidade ou da nossa aldeia ou mesmo num qualquer ginásio, é mais um passo na direcção da redescoberta de nós mesmos e do nosso papel no universo. Importa tomar consciência disso.
Trouxemos o assunto a esta edição porque nos parece que se trata de mais um serviço ao homem, à Igreja e a Deus.
[Edição Nº 4671, 6 de Setembro de 2007]
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