O Espírito que sopra
Ao longo da sua caminhada na história dos homens a Igreja de Jesus Cristo tem procurado sempre organizar-se e estruturar-se de acordo com as necessidades concretas dos tempos e dos povos. Uma preocupação que muitas vezes absorve o trabalho e as preocupações dos bispos, os mais directamente envolvidos na tarefa de reestruturação. Um trabalho nem sempre fácil e nem sempre a contento das populações e dos indivíduos mais directamente envolvidos.
Se no passado encarávamos tais movimentações de pessoas e serviços promovidos pelo bispo como uma manifestação da vitalidade do Espírito Santo que actua na Igreja, já nos tempos mais recentes muitos foram os que as quiseram relacionar directamente com a vontade do homem, que sendo embora bispo, pode errar e pode enganar-se. Hoje temos uma grande dificuldade em perceber a acção do Espírito quando se trata de realidades tão humanas. E no entanto, ontem como hoje, este trabalho de reestruturação e mobilidade (alguns chamam-lhe flexisegurança, como se tivessem descoberto a pólvora) é, nas questões da Igreja, uma clara manifestação da vitalidade do governo de Deus. Ou seja, os crentes acreditam efectivamente que o Espírito age por meio dos pastores que sabem estar atentos e na altura certa arriscam mudanças que quebram a monotonia e o status quo. Uma vitalidade que se descobre na capacidade de estar atento aos sinais dos tempos e na coragem de trilhar novos caminhos. O espírito é isso mesmo “vento que sopra sem que se saiba de onde vem nem para onde vai”.
D. António Marto, há um ano na frente dos destinos da diocese de Leiria-Fátima, fez recentemente um vasto elenco de mudanças estruturais na diocese que implicaram também mudanças de padres e de serviços. Em boa hora chegam às nossas mãos essas mudanças e programas. Elas são a prova de que o bispo soube ouvir, soube escutar, soube estar atento e conhecer a diocese para a qual foi nomeado. Acima de tudo elas são a prova de que o pastor está atento ao rebanho e vive a preocupação de o levar a boas pastagens. Só quem não arrisca é que não acerta. Quem porém arrisca corre o risco de errar, mas ficará sempre com a certeza de que não esteve parado e procurou caminhos de renovação. E é disso que a Igreja precisa neste momento. A diocese agradece mais uma vez a Deus o bispo corajoso, audaz e sapiente que lhe deu, o que se prova uma vez mais no trabalho árduo e sábio que agora vem a público.
Fomos ouvi-lo e procuramos conhecer um pouco melhor as preocupações que dinamizam o bispo. Mais que ânsia de mostrar trabalho encontramos um crente e um amigo que quer ajudar todos a descobrirem a alegria de ser cristãos.
[Edição Nº 4665, 19 de Julho 2007]
Se no passado encarávamos tais movimentações de pessoas e serviços promovidos pelo bispo como uma manifestação da vitalidade do Espírito Santo que actua na Igreja, já nos tempos mais recentes muitos foram os que as quiseram relacionar directamente com a vontade do homem, que sendo embora bispo, pode errar e pode enganar-se. Hoje temos uma grande dificuldade em perceber a acção do Espírito quando se trata de realidades tão humanas. E no entanto, ontem como hoje, este trabalho de reestruturação e mobilidade (alguns chamam-lhe flexisegurança, como se tivessem descoberto a pólvora) é, nas questões da Igreja, uma clara manifestação da vitalidade do governo de Deus. Ou seja, os crentes acreditam efectivamente que o Espírito age por meio dos pastores que sabem estar atentos e na altura certa arriscam mudanças que quebram a monotonia e o status quo. Uma vitalidade que se descobre na capacidade de estar atento aos sinais dos tempos e na coragem de trilhar novos caminhos. O espírito é isso mesmo “vento que sopra sem que se saiba de onde vem nem para onde vai”.
D. António Marto, há um ano na frente dos destinos da diocese de Leiria-Fátima, fez recentemente um vasto elenco de mudanças estruturais na diocese que implicaram também mudanças de padres e de serviços. Em boa hora chegam às nossas mãos essas mudanças e programas. Elas são a prova de que o bispo soube ouvir, soube escutar, soube estar atento e conhecer a diocese para a qual foi nomeado. Acima de tudo elas são a prova de que o pastor está atento ao rebanho e vive a preocupação de o levar a boas pastagens. Só quem não arrisca é que não acerta. Quem porém arrisca corre o risco de errar, mas ficará sempre com a certeza de que não esteve parado e procurou caminhos de renovação. E é disso que a Igreja precisa neste momento. A diocese agradece mais uma vez a Deus o bispo corajoso, audaz e sapiente que lhe deu, o que se prova uma vez mais no trabalho árduo e sábio que agora vem a público.
Fomos ouvi-lo e procuramos conhecer um pouco melhor as preocupações que dinamizam o bispo. Mais que ânsia de mostrar trabalho encontramos um crente e um amigo que quer ajudar todos a descobrirem a alegria de ser cristãos.
[Edição Nº 4665, 19 de Julho 2007]
Etiquetas: editorial