Falar de guerra nas páginas deste jornal pode parecer um contra-senso. Mas, no fundo, é um assunto que não devemos evitar e, muito menos, ignorar. E falar de guerra pode ser, também, falar de paz, seja pela acção directa contra os opressores e terroristas do mundo moderno, seja pelo apoio a quem precisa de ajuda para o exercício dos seus direitos fundamentais à justiça, à liberdade e à vida.

O Regimento de Artilharia n.º 4 está em Leiria há 80 anos. Continua, hoje, a preparar homens para o uso das armas, sobretudo, para uma presença de garantia de paz, em locais como Timor, Kosovo ou Iraque. E também para missões de paz no País e na região, como é a colaboração no combate aos incêndios, na solução de catástrofes e na reposição da ordem pública. É, por isso, de justiça, o destaque que lhe damos nesta edição. Também pela relação que a Diocese mantém, ao longo dos anos, com esta instituição militar, nomeadamente através da presença do capelão. Em entrevista a O Mensageiro, o coronel Carlos Videira, comandante da unidade, fala-nos da história e aponta caminhos de futuro, com “mais maturidade e responsabilidade”.

[Edição Nº 4663, 5 de Julho de 2007]