Nascer, casar e morrer em Leiria
Nos últimos anos assistimos a um forte aumento do número de divórcios. Consequentemente vimos aparecer uma diminuição dos casamentos; da mesma forma diminuíram os nascimentos e os baptismos, houve um aumento da população idosa, o que parece redundar em menor número de mortes.
Os tempos passados foram marcados por uma forte aposta na natalidade, no casamento e, por via das circunstâncias, depararam-se também com elevados índices de mortalidade. Para alguns esses três factores seriam indicadores da evolução da sociedade. Uma sociedade mais primitiva e tradicionalista registaria altos índices em cada um dos sectores referidos; uma sociedade moderna e voltada para o futuro registaria baixos índices nos mesmos sectores. Como se a forma como se nasce, se morre e se casa fosse o indicador único e mais importante na avaliação do progresso da sociedade. E estamos de acordo que se trata de três indicadores importantes, embora não os únicos. Já não concordamos é com as conclusões de algumas leituras mais apaixonadas e menos académicas.
[Texto integral na edição Nº 4640, 25 de Janeiro de 2007]
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