Cultivar a árvore da paz
A liturgia de hoje introduz-nos em 2007 com uma bênção de paz: “O Senhor te abençoe e proteja… O Senhor dirija para ti o olhar do Seu rosto e te conceda a paz” (Num 6, 22s).
Assim, no início do Ano Novo, a Igreja faz memória da bênção que Deus dirigia ao povo de Israel, assegurando-lhe presença, protecção e paz. É uma bênção que atravessou os séculos e que, na plenitude do tempo, se tornou visível e experimentável na pessoa de Jesus, o Filho de Deus, nascido de Maria, feito homem como nós e para nós (cf. Gal 4,4-7). Ele é a bênção viva e pessoal de Deus à humanidade, com o dom da verdadeira paz.
É para esta “bênção divina, feita carne humana” em Jesus Cristo, que hoje nos voltamos, revivendo a fé e o amor dos pastores que vão ao Seu encontro, O reconhecem como o Salvador e, como tal, O anunciam com alegria e louvor a Deus. O seu louvor é participação e eco do canto natalício dos anjos: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados”.
É neste contexto que a Igreja dedica o início do novo ano à celebração do Dia Mundial da Paz e o Santo Padre oferece uma Mensagem aos cristãos e a todos os homens de boa vontade: “A pessoa humana, coração da paz”.
Não me é possível, nesta circunstância, resumir o amplo e denso discurso do Papa Bento XVI. Limitar-me-ei a reflectir e concretizar alguns aspectos mais pertinentes ao nosso quotidiano e ao nosso contexto sócio-cultural.
[Texto integral na edição Nº 4637, 4 de Janeiro de 2007]
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